"As famílias felizes são parecidas entre si. As infelizes são infelizes cada uma a sua maneira"
O que esperar de um romance que começa assim? Muita coisa boa, por sinal.
Vindo da gélida e longínqua Rússia, do ilustríssimo Leon Tolstói, que forma com Tchecov e Dostoiévski a Santíssima Trindade literária russa, "Anna Kariênina" há muito entrou no meu rol de preferidos.
O que dizer quando o foco principal está no adultério, cujo cenário remonta à Rússia dos czares, ambiente onde a mulher é tida como inferior numa sociedade hipócrita, decadente e dominada por grandes senhores de terras? Muito pouco para a maioria, que não avançaria com propriedade em um tema por vezes piegas. Mas como é dos gênios deitar e rolar em coisas simples, tirando pérolas de pedras, sobrou luz a Tolstói quando encheu 900 páginas com crises existenciais, densas reflexões e exasperadas comoções.
Um comentário:
AMO Anna Karenina! É um dos meus livros favoritos!
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