OS FRANCESES NÃO são conhecidos pela simpatia nem pelo bom humor, mas tampouco podem ser considerados o povo mais sorumbático do planeta. Por isso, não deixa de ser surpreendente o inegável fascínio dessa gente pelo mundo subterrâneo. A começar pelo metrô de Paris, uma marca registrada da cidade, que conta com 16 linhas por onde circulam cerca de 5 milhões de pessoas diariamente.
Nada de assustador, se parasse por aí. Acontece que as opções de turismo da cidade não passam apenas pelos manjados Arco do Triunfo, Torre Eiffel e Museu do Louvre. Na verdade, estou chegando à conclusão que os franceses são capazes de transformar tudo em atração turística. Em 1995, quando estive em Paris pela primeira vez, achei curioso o fato de um cemitério – o Père-Lachaise – ser muito visitado por causa de seus “cadáveres ilustres”, mas agora o ponto de exclamação foi maior: pode-se fazer turismo pelas catacumbas da cidade, que ostentam ossos e caveiras dos mortos pelas antigas epidemias que assolaram o lugar até 1785, ano de construção da rede.
Como se não bastasse, ainda podemos fazer um passeio pelos esgotos de Paris. Isso mesmo: os parisienses sentem um orgulho imenso do sistema de tratamento de água da cidade. E lá nos esgotos encontramos um museu com mostra permanente sobre o processo de saneamento, a história do abastecimento desde os tempos mais remotos e a garantia, no final, de que a água das torneiras, vinda do Rio Sena, é totalmente livre de impurezas e pode ser bebida sem medo.
O museu ainda destaca a célebre obra de Victor Hugo, Os miseráveis (1862), e reproduz parte do romance em que o protagonista Jean Valjean atravessa os esgotos de Paris numa fuga, carregando o personagem Marius nas costas. Descobrimos ali que Hugo era amigo de um inspetor de saneamento e pôde visitar as galerias para melhor descrevê-las em seu romance.
Apesar do mau cheiro constante, a visita vale pelo inusitado. E até mesmo a lojinha de souvenirs do museu é capaz de surpreender. As lembrancinhas mais procuradas são os ratos de pelúcia, de todos os tamanhos e diferentes cores. Não resisti e comprei um que treme.
Nada de assustador, se parasse por aí. Acontece que as opções de turismo da cidade não passam apenas pelos manjados Arco do Triunfo, Torre Eiffel e Museu do Louvre. Na verdade, estou chegando à conclusão que os franceses são capazes de transformar tudo em atração turística. Em 1995, quando estive em Paris pela primeira vez, achei curioso o fato de um cemitério – o Père-Lachaise – ser muito visitado por causa de seus “cadáveres ilustres”, mas agora o ponto de exclamação foi maior: pode-se fazer turismo pelas catacumbas da cidade, que ostentam ossos e caveiras dos mortos pelas antigas epidemias que assolaram o lugar até 1785, ano de construção da rede.
Como se não bastasse, ainda podemos fazer um passeio pelos esgotos de Paris. Isso mesmo: os parisienses sentem um orgulho imenso do sistema de tratamento de água da cidade. E lá nos esgotos encontramos um museu com mostra permanente sobre o processo de saneamento, a história do abastecimento desde os tempos mais remotos e a garantia, no final, de que a água das torneiras, vinda do Rio Sena, é totalmente livre de impurezas e pode ser bebida sem medo.
O museu ainda destaca a célebre obra de Victor Hugo, Os miseráveis (1862), e reproduz parte do romance em que o protagonista Jean Valjean atravessa os esgotos de Paris numa fuga, carregando o personagem Marius nas costas. Descobrimos ali que Hugo era amigo de um inspetor de saneamento e pôde visitar as galerias para melhor descrevê-las em seu romance.
Apesar do mau cheiro constante, a visita vale pelo inusitado. E até mesmo a lojinha de souvenirs do museu é capaz de surpreender. As lembrancinhas mais procuradas são os ratos de pelúcia, de todos os tamanhos e diferentes cores. Não resisti e comprei um que treme.
6 comentários:
Tudo bem, ratos de pelúcia foi o auge do texto!
Não fazia a menor ideia de que existe um museu no esgoto de Paris. Isso foi surprendente, adorei saber!
Existe muito mais nesse mundo do que a gente imagina, não é?
Bom fim de semana!
Não é? Muita criatividade mesmo, hehe!
Bom fim-de-semana pra ti também!
Sorumbático? òtimo.
Agora ratos de pelúcia, mesmo francês, dispenso, viu? hehehe
bjos meus
Gostei disso.
Pode colocar naquele roteirozinho que vc está fazendo pra mim...
Bjs/
viva aos ratos da revolução!
O Victor Hugo dedicava boa parte de seus romances a Paris. "O corcunda de Notre Dame" tem páginas e mais páginas sobre a arquitetura de Paris. Confesso que pulei essa parte, pois era uma tese de mestrado ou doutorado no meio do romance!
Mas é uma cidade magnífica, que se mantem através dos tempos bem próxima de seu original. Beijos, querido Pablo
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