Tem gente que emprega toda a sua energia (e seus euros) nas Galleries Lafayettes, nos perfumes e produtos de beleza grifados. Ou fica feliz só de beber um vinho Bordeaux ali pertinho da Torre Eiffel iluminada. Paris tem desses apelos, difíceis de resistir até mesmo para uma estudante latino-americana quase sem dinheiro no banco.
Fato é que, em meio a tantos desejos e tentações parisienses, irresistível mesmo para mim é a vida cultural desta cidade. Além da oferta generosa de museus, com seus acervos permanentes, vira e mexe somos brindados com exposições, mostras e retrospectivas sobre os mais variados campos das artes, como a que acontece agora sobre Federico Fellini (1920-1993). Os 50 anos de La dolce vita (1960) são apenas um pretexto para homenagear Il Maestro com a exposição Fellini, la Grande Parade (Fellini, o grande desfile) até 17 de janeiro no museu Jeu de Paume (http://www.jeudepaume.org/), com fotografias, cartazes, trechos de filmes, desenhos, revistas e entrevistas, muitas delas apresentadas pela primeira vez ao público.
E, no embalo da exposição, a Cinémathèque Française (http://www.cinematheque.fr/) exibe até 20 de dezembro a mostra Tutto Fellini!, simplesmente uma restrospectiva integral da obra do cineasta. Uma oportunidade rara de assistir clássicos como Otto e mezzo (1963), Giulietta degli spiriti (1965) e Amarcord (1973) em película e na tela grande de um bom cinema.
3 comentários:
lindo, lindo, cara! com o faro de sempre, aliando boas infos com a necessidade de o blog receber posts!
valeu pelo "grifado"! estou a escrever sobre moda e o termo caiu sob medida(sem duplo sentido)ao meu interesse.
fellini é sempre oportuno; estou de volta com a lista dos melhores filmes e cabera o "oito e meio" ou o "ammrcord"; veremos quem vence,
briga de titãs!
obrigado ela postagem! bjocas!
Uau, incrível essa geração do pós-guerra européia se achava tão perdida, vivendo em um mundo tão decadente! Vi o link que você mandou para o Jeu de Paumme com algumas fotos da Anita Ekberg e do Marcello Mastroiani e pensei logo: decadência viria depois, conosco, geração pós-Woodstock. (Só para mencionar um aspecto, o visual: antes era homem com roupa de homem, mulher com roupa de mulher). Quantos Marcellos nasceram nos anos 60 por conta do Mastroianni? (meu irmão foi um deles).
Deu um certo aperto no coração por isso, acho que perdemos algo para sempre irrecuperável. Quando vejo os filmes do Fellini, do Truffaut, do (meu ÍDOLO) Renoir sinto isso profundamente. Para mim, eles são eternamente impactantes por representarem um tempo, um local e um imaginário específicos e eternamente inacessíveis para nós, cidadãos de um mundo tão estraçalhado.
Continue alimentando com suas dicas culturais seus pobres amigos daqui, pisoteados pelos visigodos!
Oi amiga ! Fiquei até encabulado de chegar aí mês que vem e sair correndo para comprar uns brinquedinhos grifados.. hehehe Tenha um pouco de paciência comigo tá? :)
BEIJOS !
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