Falar de Nato Lima e dos Indios Tabajaras é sempre gratificante para mim: primeiro pelo contato direto que tenho com informações sobre eles, vindas de meu avô, Assis Lima, que possivelmente integrou a primeira formação do que viria a ser posteriormente a dupla "Os Índios Tabajaras", formada por dois de seus irmãos, Nato Lima e Tenor Lima. Depois surgem as imagens que crio em meus devaneios, ao imaginar toda uma série de situações pelos quais eles passaram, desde a infância no interior do Ceará, mais precisamente na Serra do Araripe, ao estrelato nas principais capitais das cidades do mundo. Os relatos que ouço desde criança formam um inventário de situações por mim recebidas que vivem a me emocionar e cada vez mais admirar as belas apresentações musicais que o duo de violões criou; entre estas clássicos da música internacional, como "Minute Walze" e "Mazurka" e também canções do domínio público brasileiro e do regional indígena, como "Asa Branca", "Hora Stacatto" e"Lua Girou".
terça-feira, 31 de março de 2009
28. mussapere (para Valéria)
Falar de Nato Lima e dos Indios Tabajaras é sempre gratificante para mim: primeiro pelo contato direto que tenho com informações sobre eles, vindas de meu avô, Assis Lima, que possivelmente integrou a primeira formação do que viria a ser posteriormente a dupla "Os Índios Tabajaras", formada por dois de seus irmãos, Nato Lima e Tenor Lima. Depois surgem as imagens que crio em meus devaneios, ao imaginar toda uma série de situações pelos quais eles passaram, desde a infância no interior do Ceará, mais precisamente na Serra do Araripe, ao estrelato nas principais capitais das cidades do mundo. Os relatos que ouço desde criança formam um inventário de situações por mim recebidas que vivem a me emocionar e cada vez mais admirar as belas apresentações musicais que o duo de violões criou; entre estas clássicos da música internacional, como "Minute Walze" e "Mazurka" e também canções do domínio público brasileiro e do regional indígena, como "Asa Branca", "Hora Stacatto" e"Lua Girou".
segunda-feira, 30 de março de 2009
OBSCURO objeto de desejo
domingo, 29 de março de 2009
sexta-feira, 27 de março de 2009
chás E DICAS secas
Para aprender, não leia Karl Marx, merda seca demais. por favor, aprendam o espírito.
MARX É APENAS TANQUES INVADINDO PRAGA.
não se deixe pegar dessa maneira, por favor. antes de tudo, leia Celine, o maior escritor em 200 anos. naturalmente, o ESTRANGEIRO, de Camus tem que entrar. CRIME E CASTIGO. OS IRMÃOS KARAMAZOV. todo o KAFKA. todos os trabalhos do desconhecido JOHN FANTE. as estórias curtas de Turgenev. EVITE Faulkner, Shakespeare, E ESPECIALMENTE George Bernard Shaw, A MAIS INFLADA FANTASIA que floresceu em todos os TEMPOS, uma verdadeira merda que expandiu-se com conexões políticas e literárias para muito além do que se possa imaginar. o único sujeito mais jovem que consigo pensar com a estrada pavimentada à sua frente e BEIJAR-LHE A BUNDA sempre que necessário foi HEMINGWAY, mas a diferença entre HEM e SHAW era que HEM escreveu algumas coisas boas no começo e SHAW só conseguiu escrever asneiras durante toda a sua vida.
portanto, aqui estamos nós misturando Revolução com Literatura e ambos combinam. DE ALGUMA FORMA TUDO COMBINA, mas eu fiquei cansado e espero pelo amanhã.
quem se interessa???
espero que isso vos faça vomitar nosso chá.
transformar o TÉDIO em melodia...
quinta-feira, 26 de março de 2009
CAÇAS E caçadores
Os generais Ernesto Geisel, Hugo Abreu e Golbery do Couto e Silva com o chanceler Azeredo da Silveira, em foto publicada pela revista VEJA em 1978.
"Quem fala em disciplina, senhores sargentos, quem a alardeia, quem procura intrigar o presidente da República com as Forças Armadas em nome da disciplina, são os mesmos que, em 61, em nome da mesma disciplina e da pretensa ordem e legalidade que eles diziam defender, prenderam dezenas de sargentos(...) A disciplina se constrói sobre o respeito mútuo, entre os que comandam e os que são comandados."
Por Ernesto Geisel, após ouvir o discurso do presidente João Goulart.
concordância entre gênero, número e PESSOA (para agnes rissardo)
José Saramago
Era um homem que sabia idiomas e fazia versos. Ganhou o pão e o vinho pondo palavras no lugar de palavras, fez versos como os versos se fazem, como se fosse a primeira vez. Começou por se chamar Fernando, pessoa como toda a gente. Um dia lembrou-se de anunciar o aparecimento iminente de um super-Camões, um camões muito maior que o antigo, mas, sendo uma pessoa conhecidamente discreta, que soía andar pelos Douradores de gabardina clara, gravata de lacinho e chapéu sem plumas, não disse que o super-Camões era ele próprio.
Afinal, um super-Camões não vai além de ser um camões maior, e ele estava de reserva para ser Fernando Pessoas, fenómeno nunca visto antes em Portugal.
Naturalmente, a sua vida era feita de dias, e dos dias sabemos nós que são iguais mas não se repetem, por isso não surpreende que em um desses, ao passar Fernando diante de um espelho, nele tivesse percebido, de relance, outra pessoa. Pensou que havia sido mais uma ilusão de óptica, das que sempre estão a acontecer sem que lhes prestemos atenção, ou que o último copo de aguardente lhe assentara mal no fígado e na cabeça, mas, à cautela, deu um passo atrás para confirmar se, como é voz corrente, os espelhos não se enganam quando mostram. Pelo menos este tinha-se enganado: havia um homem a olhar de dentro do espelho, e esse homem não era Fernando Pessoa.
Era até um pouco mais baixo, tinha a cara a puxar para o moreno, toda ela rapada. Com um movimento inconsciente, Fernando levou a mão ao lábio superior, depois respirou fundo com infantil alívio, o bigode estava lá. Muita coisa se pode esperar de figuras que apareçam nos espelhos, menos que falem. E porque estes, Fernando e a imagem que não era a sua, não iriam ficar ali eternamente a olhar-se, Fernando Pessoa disse: “Chamo-me Ricardo Reis”. O outro sorriu, assentiu com a cabeça e desapareceu.
Durante um momento, o espelho ficou vazio, nu, mas logo a seguir outra imagem surgiu, a de um homem magro, pálido, com aspecto de quem não vai ter muita vida para viver. A Fernando pareceu-lhe que este deveria ter sido o primeiro, porém não fez qualquer comentário, só disse: “Chamo-me Alberto Caeiro”. O outro não sorriu, acenou apenas, frouxamente, concordando, e foi-se embora. Fernando Pessoa deixou-se ficar à espera, sempre tinha ouvido dizer que não há duas sem três.
A terceira figura tardou uns segundos, era um homem daqueles que exibem saúde para dar e vender, com o ar inconfundível de engenheiro diplomado em Inglaterra. Fernando disse: “Chamo-me Álvaro de Campos”, mas desta vez não esperou que a imagem desaparecesse do espelho, afastou-se ele, provavelmente tinha-se cansado de ter sido tantos em tão pouco tempo.
Nessa noite, madrugada alta, Fernando Pessoa acordou a pensar se o tal Álvaro de Campos teria ficado no espelho. Levantou-se, e o que estava lá era a sua própria cara. Disse então: “Chamo-me Bernardo Soares”, e voltou para a cama.
Foi depois destes nomes e alguns mais que Fernando achou que era hora de ser também ele ridículo e escreveu as cartas de amor mais ridículas do mundo. Quando já ia muito adiantado nos trabalhos de tradução e poesia, morreu. Os amigos diziam-lhe que tinha um grande futuro na sua frente, mas ele não deve ter acreditado, tanto assim que decidiu morrer injustamente na flor da idade, aos 47 anos, imagine-se.
Um momento antes de acabar pediu que lhe dessem os óculos: “Dá-me os óculos” foram as suas últimas e formais palavras. Até hoje nunca ninguém se interessou por saber para que os queria ele, assim se vêm ignorando ou desprezando as últimas vontades dos moribundos, mas parece bastante plausível que a sua intenção fosse olhar-se num espelho para saber quem finalmente lá estava. Não lhe deu tempo a parca. Aliás, nem espelho havia no quarto.
Este Fernando Pessoa nunca chegou a ter verdadeiramente a certeza de quem era, mas por causa dessa dúvida é que nós vamos conseguindo saber um pouco mais quem somos.
quarta-feira, 25 de março de 2009
salvos e perdidos em desertos
terça-feira, 24 de março de 2009
sambandinhos em desvario
Por Caetano Veloso, em 5/03/2009:
9 IMAGENS EM 2008
Carlos F. Gutierrez, erupção do vulcão Chaiten, no Chile.
Por Chiba Yasuyoshi, fotógrafo japonês que registrou os conflitos entre as tribos no Quênia.
Por Carlos Cazalis, fotógrafo mexicano que registrou os moradores de rua de São Paulo, no Brasil.
Steve Winter, que conseguiu registrar um raríssimo leopardo polar.
Mark Dadswell, final dos 200 metros rasos dos Jogos Olímpicos de Pequim.
segunda-feira, 23 de março de 2009
no princípio era o texto 6 - ESCRITORAS
Cinzento, todo cinzento. Sob uma tarde cinzenta. Sob as asas havia também um pouco de amarelo, notei. A buganvília quase não tem folhas: só flores. Magenta, cor-de-rosa, um híbrido pleno e doloroso. Sobre a mesa da varanda, o cacto se curvou um pouco por causa da última ventania. E no entanto nos basta um momento como este. Telhas de zinco, telhas de cerâmica, um pára-raios. Um cata-vento em forma de flor: roxa, com o miolo preto.
Embora Bertha Young já tivesse trinta anos, ainda havia momentos como aquele em que ela queria correr, ao invés de caminhar, executar passos de dança subindo e descendo da calçada, rolar um aro, atirar alguma coisa para cima e apanhá-la novamente, ou ficar quieta e rir de nada: rir, simplesmente.
63.Rahel, Hannah Arendt:
Que história! Fugitiva do Egito e da Palestina, aqui estou, e encontro ajuda, amor e cuidado entre vocês. Com sublime enlevo penso nessas minhas origens e em todos esses encadeamentos do destino, através dos quais as lembranças mais antigas da raça humana colocam-se lado a lado com os últimos desenvolvimentos.
64.De afrodisíacos , Adélia Prado:
Tenho um pouco de pudor de contar, mas só um pouco, porque sei que vou acabar contando mesmo. É porque lá em casa a gente não podia falar nem diabo, que levava sabão, quanto mais... ah, no fim eu falo. Coisa do Teodoro, ele quem me contou, você sabe, marido depois de um certo tempo de casamento fala certas coisas com a mulher. O seu não fala? Pois é, e de novo tem um tempão que aconteceu.
Certa vez errei uma tecla do computador, e m lugar de perdas" saiu "peras". Eu ia corrigir mas li de novo, achei muito mais bonito e deixei assim. Ninguém reclamou, nem os revisores.
66.Um caso obscuro, Rachel de Queiroz:
67. Colheita, Nélida Piñon:
Um rosto proibido desde que crescera. Dominava as paisagens no modo ativo de agrupar frutos e os comia nas sendas minúsculas das montanhas, e ainda pela alegria com que distribuía sementes. A cada terra a sua verdade de semente, ele se dizia sorrindo. Quando se fez homem encontrou a mulher, ela sorriu, era altiva como ele, embora seu silêncio fosse de ouro, olhava-o mais do que explicava a história do universo.
68.Retrato de uma londrina, Virginia Woolf:
Ninguém pode se considerar expert sobre Londres se não conhecer um verdadeiro cockney¹; se não dobrar numa rua lateral, longe das lojas e dos teatros, e bater em uma porta particular numa rua de casas particulares.Casas particulares em Londres têm tendência a serem muito parecidas. A porta se abre para um vestíbulo escuro, ergue-se uma escada estreita; do patamar superior abre-se uma dupla sala de estar e nessa dupla sala de estar vê-se dois sofás, um de cada lado de um fogo crepitante, seis poltronas e três compridas janelas dando para a rua. Sempre é matéria de considerável conjectura o que acontece na segunda metade da sala dos fundos debruçando-se para os jardins de outras casas.
Cockney: nativo de Londres, especialmente do East End, ou falante de seu dialeto. (N. da T.)
69. O espelhinho, Lívia Garcia-Roza:
Custódio não saía sem o pente e sem o seu espelhinho. Pequeno, redondo, baratinho, comprado em camelot, como ele dizia, porque assim as coisas ganhavam outras credenciais. O espelhinho tinha no verso o escudo do seu clube do coração, o rubro-negro tantas vezes campeão. Flamengo! Flamengo!— Ainda não foi, Custódio?— Estou indo, estava nas preparatórias, lembrando do mais querido.— Chega. Vai...— Não estou parado, Clotilde, estou nos lances finais...— E Custódio se vestia, dançando sozinho, agarradinho com ele mesmo.— Pára com isso, homem...— Me preparando pra entrar em campo, mulher, mostrar meus dribles, voltar em grande estilo...
70.A Repartição dos Pães, Clarice Lispector:
Era sábado e estávamos convidados para o almoço de obrigação. Mas cada um de nós gostava demais de sábado para gastá-lo com quem não queríamos. Cada um fora alguma vez feliz e ficara com a marca do desejo. Eu, eu queria tudo. E nós ali presos, como se nosso trem tivesse descarrilado e fôssemos obrigados a pousar entre estranhos.
heros and poems
domingo, 22 de março de 2009
bandeiras e direções
sexta-feira, 20 de março de 2009
essenciais abolições
quinta-feira, 19 de março de 2009
Pequeno Universo Shawiano
- Não há amor mais sincero que o da comida.
- A minha especialidade é ter razão quando os outros não a têm.
- Quando um tolo pratica um ato de que se envergonha, declara sempre que fez o seu dever.
- Quem nunca esperou não pode desesperar nunca.
- Uma vida inteira de felicidade? Ninguém agüentaria: seria o inferno na terra.
- O pior crime para com os nossos semelhantes não é odiá-los, mas demonstrar-lhes indiferença: é a essência da desumanidade.
- Há duas tragédias na vida: uma, a de não alcançarmos o que o nosso coração deseja; a outra, de alcançá-lo.
- Os ingleses nunca hão de ser escravos: eles são livres de fazer tudo o que o Governo e a opinião pública lhes permitem fazer.
- O martírio é a única maneira de ganhar fama sem ter competência.
- Quem deseja uma vida feliz com uma mulher bonita assemelha-se a quem quisesse saborear o gosto do vinho tendo a boca sempre cheia dele.
- Neste mundo sempre há perigo àqueles que o temem.
quarta-feira, 18 de março de 2009
9. FITZCARRALDO
Para começar, HERZOG, que sempre dispensou os efeitos especiais, "obrigou " a equpe a criar um barco de verdade, de mais de cem toneladas, que teve que ser arrastado pela selva; irreverente, endiabrado e com constantes delírios de grandeza, FITZCARRALDO, após desistir da construção de uma linha férrea em meio à floresta, não mede esforços e possui como único objetivo de vida a ser alcançado a construção do maior teatro já visto em um lugar completamente isolado do mundo.
Composto por uma trilha sonora espetacular, que mescla ópera e música popular com extremo bom gosto, e protagonizado com muita intensidade por um quase insuperável Klaus Klinski e por Cláudia Cardinale, o longa traz participações especialíssimas, entre eles José Lewgoy (que substituiu Mick Jagger), Milton nascimento e Grande Otelo, e prova que nada somos sem nossos sonhos, ainda que estes estejam muito distantes ou sejam vistos por muitos como impossíveis de serem realizados.
terça-feira, 17 de março de 2009
rostos sonhadores
segunda-feira, 16 de março de 2009
domingo, 15 de março de 2009
deuses em transe
sábado, 14 de março de 2009
1. negativas em movimento
Por Ernesto Geisel (à direita na foto), um dos principais líderes do golpe militar; foi presidente da República de 1974 a 1979.
sexta-feira, 13 de março de 2009
3 dias em desvarios
NA BOCA
MANUEL BANDEIRA
Sempre tristíssimas estas cantigas de carnaval
Paixão Ciúme Dor daquilo que não se pode dizer
Felizmente existe o álcool na vida
e nos três dias de carnaval éter de lança-perfume
Quem me dera ser como o rapaz desvairado!
O ano passado ele parava diante das mulheres bonitas
e gritava pedindo o esguicho de cloretilo:- Na boca! Na boca!
Umas davam-lhe as costas com repugnância
outras porém faziam-lhe a vontade.
Ainda existem mulheres bastante puras para fazer vontade aos viciados
Dorinha meu amor...Se ela fosse bastante pura eu iria agora gritar-lhe como o outro:
_____________________________________[- Na boca! Na boca!
quinta-feira, 12 de março de 2009
no princípio era o texto 5 - LITERATURA BRASILEIRA
A loja de antiguidades tinha o cheiro de uma arca de sacristia com seus anos embolorados e livros comidos de traça. Com as pontas dos dedos, o homem tocou numa pilha de quadros. Uma mariposa levantou vôo e foi chocar-se contra uma imagem de mãos decepadas.— Bonita imagem — disse ele.
54. Nove Noites, Bernardo Carvalho, 2002:
57. Lucíola, José de Alencar, 1872:
A senhora estranhou, na última vez em que estivemos juntos, a minha excessiva indulgência pelas criaturas infelizes, que escandalizam a sociedade com a ostentação do seu luxo e suas extravagâncias.
BIG MAC feliz!
quarta-feira, 11 de março de 2009
cinco anos em MADRI
terça-feira, 10 de março de 2009
frases que deram SAMBA! (UNDER CONSTRUCTION!)
"Numa sociedade de classes a cultura também é de classes.
A sociedade de classes está ali demarcada.
A moça boazuda sai na frente da bateria porque está protegida.
E o folião é transformado num cara que paga por um abadá para poder sair atrás do carro de som e cercado por cordas."
"Em 1993, a Globo me chamou para comentar os desfiles e eu só aceitei o convite porque o considerei uma deferência à minha pessoa. Mas depois disso eu não quis mais. Além disso, não entendo mais de escola de samba. Só entendo as de antigamente."
Sérgio Cabral, possivelmente o jornalista mais entendido sobre carnaval no país, que foi comentarista das transmissões da Rede Manchete de 1984 a 1991.
"O povo gosta de luxo, quem gosta de miséria é intelectual."
Joãosinho Trinta, em 1988, após a crítica ter falado mal do excessivo luxo do carnaval feito por ele na Beija-Flor naquele ano, e ANTES de estarrecer o mundo ao apresentar mendigos esfarrapados no desfile de 1989.
"Rapazes e moças cheirando lança-perfumes e aos abraços invadem o terreiro e instituem uma estranha maneira de deformação do samba, que, vindo do marginalismo para uma posição social simpática, volta ao passado marginal pela mão da juventude coca-cola." Fotolegenda publicada no Jornal do Brasil em 3 de fevereiro de 1948, às vésperas do carnaval daquele ano.
"A criação da Federação Brasileira das Escolas de Samba é fruto da politiquice. Foi criada para dar festas ao chefe da polícia."
Aloísio Neiva Filho, em 1947.
"Acho (o Paulo Barros, carnavalesco) um grande artista. Ele deveria expor suas criações na Bienal de São Paulo, certamente seria premiado. MAS CARNAVAL NÃO É A DELE. Ele não liga para a escola, aproveita-se dela para se promover. Se eu fosse presidente de escola de samba, ele não seria meu carnavalesco(...) Repito: ele não serve à escola. Se a escola vier bem ou se vier mal, tanto faz, o que importa é que ele venha bem."Fernando Pamplona, ex-carnavalesco,ex- cenógrafo e professor da Escola de Belas Artes do Rio, em entrevista concedida ao site "O Dia na Folia" em 2008.
Dizem que o Salgueiro contrata figurinistas e bailarinos profisisonais para organizarem e dirigirem o espetáculo.É importante ouvir isso, porque jamais qualqer um de nós recebeu um centavo sequer pelo seu trabalho para o carnaval."Fernando Pamplona, em carta publicada na Tribuna da Imprensa em 1963 após ser acusado de profissionalismo nas suas relações com o Salgueiro.