quarta-feira, 18 de março de 2009

9. FITZCARRALDO

Werner Herzog, 1982.



Corruptela de Fitzgerald - nome de grande importância, seja pela genialidade do escritor Francis Scott ou pela empatia do ex-presidente John Kennedy - FITZCARRALDO entrou no grupo dos nove preferidos porque se trata de um filme de um sonho, este cheio de delírios. Tal viagem se dá porque o personagem que dá nome à obra deseja como objetivo maior de vida construir um teatro de ópera na floresta amazônica a ser inaugurada pelo mítico tenor Enrico Caruso. Para tal, Fitz pretende enriquecer com a extração de borracha no local. Simples, não? TALVEZ, se tal "paranóia" (termo usado pelos críticos ao se depararem com o filme) não se confundisse com a prória vida do diretor, o alemão Werner Herzog.



Para começar, HERZOG, que sempre dispensou os efeitos especiais, "obrigou " a equpe a criar um barco de verdade, de mais de cem toneladas, que teve que ser arrastado pela selva; irreverente, endiabrado e com constantes delírios de grandeza, FITZCARRALDO, após desistir da construção de uma linha férrea em meio à floresta, não mede esforços e possui como único objetivo de vida a ser alcançado a construção do maior teatro já visto em um lugar completamente isolado do mundo.


Composto por uma trilha sonora espetacular, que mescla ópera e música popular com extremo bom gosto, e protagonizado com muita intensidade por um quase insuperável Klaus Klinski e por Cláudia Cardinale, o longa traz participações especialíssimas, entre eles José Lewgoy (que substituiu Mick Jagger), Milton nascimento e Grande Otelo, e prova que nada somos sem nossos sonhos, ainda que estes estejam muito distantes ou sejam vistos por muitos como impossíveis de serem realizados.






















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