sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

imprudentes generalizações



É sempre bom começar o ano recebendo críticas; estas costumam nos dar a medida exata das situações, calçam os nossos pés nos locais adequados e servem para levar as águas mais bravias de volta ao leito.

E como assíduo leitor do “caderno de campo”, da Isabel Victor, fica mais fácil analisar os ataques de início de ano, cuja semelhança aparece em outra postagem (http://umacapitalentrerioemanaus.blogspot.com/2008/12/feliz-ano-novo.html); ainda que esta a ninguém interesse, pois a maioria só resolveu dar as caras por aqui após a postagem de 31 de dezembro; ou seja, é possível que os quase dois anos de possíveis acertos passem batidos aos olhos mais atentos aos erros de minha autoria.

Outra vitória: graças à Isabel, acabei conhecendo o mais que ilustre http://newcitadel.blogspot.com/, da M., que acabou me levando à “dupla leviandade”, já que escrevi de maneira equivocada o “post 333” sem mencionar as duas, o que explicaria o duplo erro.

E NÃO IMAGINO QUE estar debaixo da cama em primeiro de janeiro de 2009, como o devem estar fazendo boa parte dos habitantes próximos à região da faixa de Gaza, seja algo louvável, ainda mais pela sorte que tive por acabar tendo contato com os blogs dos ilustres comentaristas que por aqui estiveram graças ao post que também por aqui gerou problemas.

E apesar do meu erro, imagino que o colega cujo codinome é “exterminador” possua em mãos o estatuto de funcionamento mundial dos blogs, dada a certeza dele em tomar medidas drásticas contra a minha pessoa.

Mas voltando ao 333”, já li por aí que toda generalização, em sua essência, me parece inconstante, imprudente, inconsiderada.
E é possível que o mesmo conceito se aplique às teorizações. Está na natureza da teoria, por ela própria, não passar de um reducionismo. Se vou teorizar sobre um assunto, isto quer dizer, via de regra, que pretendo vê-lo sob um ponto de vista determinado.

Se, por exemplo, eu disser que a relação entre os periódicos na blogosfera é promíscua, eu estou generalizando, porque eu poderia citar uma série de espaços muito competentes, como o “caderno de campo”, (http://isabelvictor150.blogspot.com/) o “der terrorist” (derterrorist.blogs.sapo.pt/) e o “café e papo” (http://cafeepapo.blogspot.com/) mas, infelizmente, estas seriam exceções que só confirmariam a regra que afirmaria que: a maioria dos blogs é de péssima qualidade, abusa de falta de parcialidade em suas digressões e presta um desserviço aos leitores rede afora.

Concluindo de acordo com o parágrafo anterior, seria possível que eu estivesse usado de plágio intencionalmente no último post do ano que passou, mas não seria possível, ainda que muitos não a enxerguem, que o nome da M. não ter entrado como autora tivesse sido causado por um erro? Será que existiria uma abissal diferença entre plagiar e errar, ainda que isto não me redima do desacerto que cometi?

Mas talvez seja válida outra lembrança. Como plagiador que sou, como afirmam alguns (ou muitos, já que tudo depende do ponto de vista), teria sido mais fácil que eu tivesse lançado mão do plágio em dias anteriores, já que pelo que percebo, no periódico onde escrevo existem 334 posts desde o iníco de 2008 até o presente momento.
De repente, alguns poderiam até explicar melhor do que eu poderia fazer o porquê de nas outras 333 postagens de 2008 - e outras tantas em 2007- não ter aparecido um plagiozinho sequer, e logo nesta última do ano o exemplo citado serviu para me rotular como tal.
Porque eu não teria feito isto antes, já que entre os citados no “uma capital...” estão Albert Camus, Machado de Assis, Franz Kafka, Adélia Prado, Martin Scorsese, entre outros?

Na verdade, em vez de ter gasto tantas palavras, deveria eu ter usado recurso mais sucinto, como uma explicação mais simples, sem delongas com exposição de motivos. Confesso que seria mais feliz se tivesse escrito: “cometi um erro, um equívoco, um engano ao usar o excerto de um texto e não citar o autor”. SIMPLES ASSIM !!!!!!!!
(:

Abraços a todos.
Pablo Lima.

14 comentários:

Luís Mendes disse...

Agora que referiu a fonte, parece-me bem melhor!

Se o sr. tivesse previamente agido da forma mais indicada, nunca existiria este aparato todo.

Ainda assim, o texto deveria ser eliminado - mas, isso agora fica ao critério da autora.

Com os meus cumprimentos,
Luís Mendes

isabel mendes ferreira disse...

Pronto!


tudo bem.



vá....



recomecemos então....:)


.

Arábica disse...

Pois meu caro Pablo,

demorou tanto tempo a dar pelo erro que eu inadvertidamente errei, pensando mal de si...


Afinal tudo se resume a um erro...

uma bola de neve?...


Que derreta...ao subir ao cume da montanha...

Eme disse...

Olha Pablo, é assim, o meu ponto de vista dei-to no post anterior. Se eu fosse confrontada por alguém que me dissesse que o post de fim de ano nãoera da minha autoria eu sentir-me-ia mal. Creio que foi nesse espírito que aquelas pessoas te chamaram a atenção. Houve alguns animos exaltados mas paciência. Toda a gente erra tal como tu. O facto de seres leitor do caderno de campo nada me diz, não o sabia, não te conheço e nem justifica levar textos publicando-os como seus. E também não é preciso chamar a atenção para o post sobre a Faixa de Gaza como se fossemos todos indiferentes ao que se passa lá. Por não ter havido interesse no teu post mão significa insensibilidade, é um tema que tem sido muito comentado entre nós, cada um ao seu modo. Certo? Então se errou, erramos todos. Conclusão:estamos todos perdoados.

Uma boa estrada para ti

Abraço.

PS:não torno publico o teu coment no meu blog simplesmente porque não desejo protagonismo sobre o assunto.

Oliver Pickwick disse...

Solução rápida e elegante! Escreveu uma retratação honrosa. Não se fala mais nisso.
Agora, aqui entre nós, Pablo, acho que o problema foi o número do post, 333. É justamente a metade do famigerado 666. Daí a razão de tanto choro e ranger de dentes. :)
Um abraço e um bom ano novo!

Isabel Victor disse...

Pablo, não sabia que eras leitor do " Caderno de campo ", mas agora que aqui o revelas, sinto-me ainda mais responsável.

Tenho a maior admiração pela "m". O seu espaço " Citadel" é, na verdade, arrebatador ... uma inesgotável fonte de criatividade.

Confesso-te que, também eu, gostaria que me jorrassem, assim de uma penada, prodigioas palavras na ponta dos dedos. Se tal acontecesse ... até o meu portátil dançava de alegria!
Mas a "m" é duma descrição e delicadeza comovente. Eu não a conhecia ... ela vive completamente afastada das ribaltas ...

Foi a escritora Isabel Mendes Ferreira que, há cerca de dois anos, me revelou o talento de "m". Desde então,sigo perdidamente a sua rara forma de escrita.

A descoberta das pessoas e dos seus talentos é sempre um bem ...

há muitas estradas, muitos caminhos e muitas formas de lá chegar ...

se "delírio" ou diremos derrapagem 333, serviu para te conduzir a esta preciosa escrita já valeu a pena ! descobriste uma bela clareira. Vamo-nos encontrando por lá ...


Bom ano

e ... "uma boa estrada para ti", como diz a "m" :))



Abraço



iv

Pablo Lima disse...

CARA M., sinto muito! Sei que o meu erro produziu alguns estragos e espero q tenha percebido que não foi a minha intenção.
É claro que eu também deveria me sentir mal, entendo o que você quis dizer.
Mas acho – e é apenas o meu ponto de vista, não estou dizendo que isto é o correto – que tudo se superdimensionou com os comentários das pessoas, o que não diminui o meu erro. Apenas acho que a questão do erro poderia ter sido resolvida de outra forma se a maioria não tivesse afirmado ter a certeza que a postagem fora plagiada intencionalmente.
eu Jamais quis dizer que o fato de eu ser leitor do "caderno de campo" justificaria o meu erro, aliás eu não justifiquei o erro, apenas afirmei que não fora um plágio intencional.

Sobre eu ter citado os incidentes na Faixa de Gaza, a minha intenção foi criar uma metáfora envolvendo os ataques que eu estava recebendo nos comments do post com os bombardeios ocorridos por lá. A referencia a outra citação do meu blog apenas me defendia contra a parcialidade que envolvia a análise de um único post, pois estava sendo atacado por uma postagem como se apenas aquela tivesse sido postada. Foi isso.
Um dos comentários disse que estaria “Escondido debaixo da cama” se fosse eu, e por isso AFIRMEI, como resposta A ESTA PESSOA, “E NÃO IMAGINO QUE estar debaixo da cama em primeiro de janeiro de 2009, como o devem estar fazendo boa parte dos habitantes próximos à região da faixa de Gaza, seja algo louvável”. Foi isso. Não quis desrespeitar as pessoas que escrevem sobre o assunto.
Mas é mesmo difícil interpretar as coisas, talvez eu não tenha sido claro.

Não precisa publicar o meu comment no seu blog, tudo bem. Eu apenas o enviei porque queria que vc. soubesse que eu havia corrigido a postagem, e eu não teria outra forma de te avisar.

Espero que os problemas tenham acabado.

Abraços todos. (:
Tudo de bom em 2009!

Pablo Lima disse...

Caro MADRUGADA, ou LUIS MENDES, caso prefira:

Confesso que achei lamentável a sua participação lá no meu blog. Me incomoda a maneira como vc. se referiu a mim, pois não te conheço, nunca escrevi nada grosseiro em seu blog e sequer o desrespeitei.
Acho complicado vc. tomar as dores da autora do texto de forma muito agressiva, dando ordens a mim como se fosse vc o detentor deste direito, quando a mesma autora, realmente a prejudicada na questão, me tratou de forma respeitosa.

Mas não tô numa de te julgar, SENÃO recaio no mesmo problema que estou a contestar.

Pablo Lima disse...

CARA Isabel VICTOR, acaba que nas mesmas boas estradas e caminhos que vc. me recomenda e deseja ocorrem as derrapagens de outrora (:

É claro que o "citadel" é um espaço mais do que ilustre, sobre isto eu também não tenho a menor dúvida. E saiba que o “caderno de campo” é fonte de inspiração pro “delírios” há algum tempo;
da primeira vez que ali estive ouvi uma música tão bela ao piano que fiquei chapado logo de cara, e me impressionou também o recurso de acionar a canção de modo automático, lindo mesmo! Muita coisa ali é deveras original, em especial a programação visual bem diferente dos demais weblogs que tenho visitado.
Poucas coisas são tão belas em blogs e são tão poucos os que acesso com freqüência – na verdade, apenas o caderno de campo, o der terrorist e o pausa do tempo são de carteirinha – que acabo escolhendo alguns como essenciais e muito tempo neles fico.

obrigado pelo carinho!
Felicidades sempre! Pablo LIMA.

Pablo Lima disse...

ARÁBICA, confesso que pensei em revidar em ti, mas como não sou de briga e sempre acho que todas as pessoas têm seus momentos de fúria e revolta, – ainda que eu não tenha concordado com o motivo – preferi deixar pra lá.

Mas a demora em me retratar pelo erro se deu por um motivo tão simples quanto o próprio erro: é porque resido no Rio de Janeiro e no dia 1 de janeiro não quis abrir mão de um maravilhoso banho de mar numa das mais belas praias da cidade, e quando isto acontece, eu geralmente fico longe do blog. (:

Tudo em paz agora! ABRAÇÃO!

Pablo Lima disse...

CARO oliver PICKWICK , vc é o maior exemplo de que alguns males PODEM trazer um mínimo de coisa boa. Graças a sua aparição no “uma capital”, VIREI FÃ DO seu blog! “Seu Cantídio” é gente muito boa!

Fazer o quê se eu acabei sendo inocente e publicando um post com o título 333?
Já imaginou quando o post de número 999 vier à tona? Pulo do 998pro milésimo, não quero mais confusões por aqui!

CHEIRO DE ENXOFRE, NÃO! Heheh!

Abraços.

Pablo Lima disse...

Do começo, cara ISABEL MENDES, sempre do começo. a continuação é sempre um (re)começo (:

Excepcionais as imagens do blog “piano”. Rezo para que mantenham o nível em 2009!
Abração!

Isabel Victor disse...

Caro Pablo, obrigada ...

muito


iv


e vou passando ... agora que cartografei a tua estrada no meu mapa de visitas, é só clicar

Arábica disse...

Pablo,

nem penso em perguntar o porquê de revidar em mim.
Contento-me por não o ter feito.
Sou de paz, embora dificilmente não refile perante uma "injustiça" :)

Fosse assim tão simples o fim da guerra no Medio Oriente...


Abraço