sexta-feira, 3 de abril de 2009

estereótipo clandestino


“Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava que sua sede pedisse inundações. Talvez apenas alguns goles (...) a única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais (...) Perco a consciência, mas não importa, encontro a maior serenidade na alucinação. É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.”
Trecho de "Perto do coração selvagem", escrito por Clarice Lispector há 65 anos.
Com o título "Clandestina felicidade", cerca de 20 fotografias e textos reunidos ilustram,em exposição na capital portuguesa, a vida e obra de Clarice Lispector, uma das escritoras brasileiras mais influentes do século XX. A exposição sobre a escritora, que permanecerá em Lisboa até 15 de maio, é complementada com conferências e debates com especialistas em literatura brasileira, além de leituras, filmes e peças teatrais.

4 comentários:

Agnes R. disse...

Lindas as fotos!
Taí um excelente programa para a nossa amiga Bruna Gala, rs...

Pablo Lima disse...

hahaha, podicrê! to com saudades da bruneca e dos nossos papos pra lá de instigantes e confortáveis!

e quem sabe a clarice não chega a paris em junho? (;

Valéria Martins disse...

Querida Clarice... Era muito amiga do meu pai. Tenho um livro, "O mistério do coelho pensante", um dos infantis que ela produziu, com linda dedicatória para mim. Não gostei livro - não gosto muito do que ela escreve, essa é a verdade -, mas lembro do afeto.

Isabel Victor disse...

Amo C.Lispector

um poço sem fundo. ecoa


(delirei nesta estrada)




Abraço


iv