sábado, 28 de fevereiro de 2009

30.GRANDES ILUSÕES


Sonho de um Carnaval, de Chico Buarque, interpretada por Bossa Jazz Trio, com Amilson Godoy ao piano, Jurandir Meirelles no Contrabaixo e José Roberto Sarsano na Bateria.
Sonho de um Carnaval
Chico Buarque
Carnaval, desenganoDeixei a dor em casa me esperandoE brinquei e gritei e fui vestido de reiQuarta-feira sempre desce o panoCarnaval, desenganoEssa morena me deixou sonhandoMão na mão, pé no chãoE hoje nem lembra nãoQuarta-feira sempre desce o panoEra uma canção, um só cordãoE uma vontadeDe tomar a mãoDe cada irmão pela cidadeNo carnaval, esperançaQue gente longe viva na lembrançaQue gente triste possa entrar na dançaQue gente grande saiba ser criança.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

INSULANOS EM FESTA!

























TUDO isto PORQUE A minha UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR É UMA DAS GRANDES CAMPEÃS DO carnaval do Rio de JANEIRO EM 2009!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

RACIONALISTAS, ADEUS!




















"O último passo da razão é reconhecer que há uma infinidade de coisas que a ultrapassam"

Blaise Pascal





































































terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Carnaval


Carnaval!!!


Bom Feriado a todos!
D.A.L.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

1908: PRIMEIROS filmes sobre carnaval



















Os primeiros registros documentais do carnaval brasileiro datam de 1908. Nesses primeiros anos de cinema nacional, foram produzidos diversos curtas- documentários mudos registrando festas carnavalescas.
Nesse contexto, os musicais, como pode se imaginar, despontaram como um dos principais gêneros cinematográficos. Em 1933, o filme A Voz do Carnaval, dirigido por Ademar Gonzaga e Humberto Mauro inicia o ciclo musical-carnavalesco e marca a estreia de Carmem Miranda nas telas. É seguido por Alô, Alô, Brasil! (1935), de Wallace Downey, João de Barro e Alberto Ribeiro, e Alô, Alô Carnaval, de Ademar Gonzaga (1936).



















Outros filmes carnavalescos de importância são rodados na época, como Tererê Não Resolve (1938), de Luís de Barros, e Banana da Terra (1938), de Rui Costa. No mesmo período é produzido, e merece destaque, Favela de Meus Amores (1935), que destoa dos outros por ser um drama sobre o samba e o carnaval transcorrido numa favela carioca, que não se enquadrava na estrutura de musical.










segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

1989: farrapos entre paetês




O campeonato não veio, mas não precisava: a mensagem dita tornou-se um ato socio-político-cultural e marcou a era dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro de maneira insuperável.
Em resposta a uma frase dita por alguém da imprensa que dizia que "o luxo do Joãosinho Trinta cansa, não impressiona", o próprio João afirmou: "O povo gosta de luxo, quem gosta de miséria é inteletual!". E quem pensou que a resposta do João pararia por aí, eis que veio o carnaval de 1989, cuja recordação faço por aqui em homenagem aos 20 anos deste acontecimento - e com 10 dias de atraso, sei que o Joãosinho vai me perdoar.

Contra o luxo e à miséria - ou a favor de ambos, até hoje não sei - Joãosinho Trinta entrou numa de levar ao desfile alas formadas por mendigos e pessoas esfarrapadas, quebrando a tendência de fantasias caras que os foliões tinham que comprar para sair em qualquer escola do grupo principal das escolas; e que estes fossem abençoados pela imagem de um Cristo também em farrapos! No primeiro "ato" do desfile, intitulado "Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia" uma escultura de um Cristo esfarrapado cercado por atores travestidos de mendigos!
Só que dois dias antes do desfile, a Justiça, a pedido da Cúria Metropolitana, proibiu que tal escultura fosse levada ao desfile. Com a Beija-Flor, por um lado cercada pelo regulamento do desfile, que exigia que a alegoria fizesse parte da proposta do enredo e por outro, pela liminar da Justiça, Joãosinho sacou algo cujo impacto representou muito mais do que a apresentação da imagem do "Cristo Mendigo": ele simplesmente cobriu a escultura do Cristo esfarrapado com plástico preto, deixando transparecer a sua forma, e pregou, transversalmente de um braço a outro, uma enorme faixa trazia com frase "Mesmo Proibido Olhai por Nós". O Cristo "Coberto", que substitui o "Cristo Mendigo, roubou a cena e tal imagem apagou tudo o que podia ter valor no carnaval daquele ano!

Ainda antes de começar o desfile, um repórter da extinta Rede Manchete perguntou ao João o porque do Cristo estar coberto e com tal inscrição, e ele respondeu: "Está coberto porque foi proibido e o proibido nao pode ser mostrado. O carnaval é uma coisa muito séria, envolve muito respeito aos que fazem o espetáculo funcionar e, se estes estão proibidos de ver o Cristo, que vejam a frase: "MESMO PROIBIDO OLHAI POR NÓS".

Quando justamente um ano após a Constituição Federal ter erradicado a censura em todo o território nacional e quando a própria Justiça vai contra a lei, cabe apenas aos gênios encontrar soluções para os problemas!


Simbolicamente o oculto tornou-se presente e tal atitude deixou a todos estupefatos, inclusive a minha pessoa, que ainda criança, percebeu que das arquibancadas do Sambódromo eu poderia ver muito do que o país representa, e melhor: saber que muito dos anseios e dos gritos dos excluídos e dos que esgasgam com tais gritos passavam por uma simples rua com nome de marquês, este menos real e mais por, como diz a letra do samba, "frutos de uma imaginação!"


domingo, 15 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

UM CADÁVER NADA ADIADO


“A fisioterapeuta aproximou-se da cama, afastou o lençol e apoderou-se da perna esquerda de mamãe: a camisola aberta revelava com indiferença seu ventre flácido, recoberto de minúsculas rugas, e o púbis glabro. ‘Já não tenho pudor nenhum’, disse ela num tom surpreendido. ‘Tem toda a razão’, respondi. Mas desviei-me da cama e fui absorver-me na contemplação do jardim. Ver o sexo de minha mãe: isso me chocara. Para mim, não havia corpo que existisse menos do que o dela; mas, ainda, não existia. Criança, amara-o; adolescente, inspirara-me uma repulsa inquieta: isso é clássico; e achava norma que tivesse conservado esse duplo caráter, repugnante e sagrado: um tabu. Mesmo assim, surpreendia-me com a violência de meu desagrado. O consentimento despreocupado de minha mãe agravava-o; ela renunciava às interdições, às ordens que a havia oprimido durante a vida inteira; e não podia deixar de aprová-la. Só que esse corpo, subitamente reduzido por essa renúncia a não ser mais do que um corpo, já não diferia muito de um despojo: pobre carcaça sem defesa, apalpada, manipulada por mãos profissionais, onde a vida parecia prolongar-se apenas por uma inércia estúpida. Para mim, minha mãe existira sempre e eu jamais pensara seriamente que a veria desaparecer um dia, bem cedo. O seu fim, tal como o seu nascimento, situava-se num tempo mítico. Quando dizia de mim para mim: ela está na idade de morrer, eram palavras vazias, como tantas outras. Pela primeira vez, no entanto, eu percebia nela um cadáver adiado.”



Simone de Beauvoir (1908-2008), "Wanted: Uma Morte Muito Suave"

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

PATRIARCA LIMA in action











Porque hoje é o dia dele, FRANCISCO DE ASSIS MOREIRA LIMA, meu avô, que completa 89 anos muito bem vividos e regados à muita saúde e alegria!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

buena GENTE club


Orlando 'Cachaíto' López (1933 - 9 de fevereiro de 2009) , baixista do grupo cubano Buena Vista Social Club.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

CARMEN, DO BRAZIL!!!!!!!!!!

Maria do Carmo Miranda da Cunha, que completaria um século de vida nesta segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009.

JOÃO: TRINTA CARNAVAIS





















Nesta segunda-feira, dia 9, chega à praça o livro "O Brasil é um Luxo - Joãosinho Trinta Carnavais", do publicitário paulista Fábio Gomes. A obra relata curiosidades e bastidores da obra de um dos maiores ícones do carnaval carioca, João Jorge Trinta, durante trinta anos em que esteve à frente das escolas do Rio entre os anos de 1976 e 2006. Nestes anos, Joãozinho ganhou seis campeonatos e realizou desfiles memoráveis!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

VILÕES DE SHAKESPEARE





















Por Luis Fernando Veríssimo

SHAKESPEARE GOSTAVA DE USAR SEUS VILÕES PARA DIZER O INDIZÍVEL, e eles eram quase sempre os únicos personagens lúcidos das suas peças, os únicos sem qualquer ilusão sobre a sua própria motivação e a dos outros.
Edmund, o bastardo, em Rei Lear, tem um célebre discurso sobre "a maravilhosa vaidade do mundo", ao atribuir o mau comportamento humano à influência dos astros e à interferência do além. É um raciocínio irônico surpreendente no começo do século 17, quando o próprio Shakespeare não hesitava em recorrer a fantasmas e divinações para tocar suas tramas, e só explicável pela licença para ser cético dada pelo autor a vilões de sua preferência. Nunca fica bem claro o que leva Iago a ser um calhorda completo em Otelo, mas ele ostenta a própria vilania com gosto e até um certo distanciamento crítico. Nada é tão moderno em Shakespeare quanto seus vilões. Quando Verdi fez uma ópera da peça, deu a Iago uma ária, "Creio num Deus cruel", e um motivo mais grave e filosófico para sua perfídia, mas ele era mesmo apenas um mau-caráter equipado com autoconhecimento - e, claro, ótimas falas. Descartada a nova interpretação, de que se tratava de um homossexual reprimido apaixonado pelo negrão.

O maior bandido de todos é Ricardo III, cuja vilania autoconsciente parece ainda mais moderna porque envolve também uma fria reflexão sobre o poder e o que ele obriga.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

1840: OS BAILES DE CARNAVAL


"Foi o último baile
Do Brasil Imperial
Foi realizado
Na antiga Ilha Fiscal"
(Império Serrano 1953)



Crianças em baile infantil no início do século XX



O primeiro baile de carnaval de que se tem notícia no Brasil foi realizado no Hotel Itália, no largo do Rócio (atual Praça Tiradentes), no centro da cidade do Rio de Janeiro em 1840, por iniciativa de alguns burgueses e empresários italianos, empolgados com o sucesso dos grandes bailes de máscaras da Europa.

Os bailes vieram para marcar, definitivamente, e através do carnaval, as diferenças sociais que atingiam a sociedade brasileira: de um lado, a festa de rua, ao ar livre e popular, com o entrudo; do outro, o carnaval de salão, que agradava não só aos mais privilegiados mas também à classe média emergente no país. Dos salões, os bailes transferiram-se aos teatros, animados principalmente pelo ritmo da polca - primeiro gênero a ser adotado como música carnavalesca no Brasil. O primeiro baile do Teatro Municipal aconteceria em 1932. Já o primeiro baile infantil data do ano de 1907, o que viria consagrar as "matinês" como o exemplo máximo de crianças em bailes carnavalescos nos dias de hoje.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

IMPRESCINDÍVEL SOLIDÃO

Grande Mestre Hélio Gracie (1914- 2009) . Foto: Gustavo Aragão.
“Hay hombres que luchan um dia y son buenos. Hay otros que luchan un año y son mejores. Hay quienes que luchan muchos años y son mui buenos. Pero hay los que luchan toda la vida, esses son los imprescindibles.”
(Bertolt Brecht)
O mês era o de abril, o ano era o de 2005, e me lembro do primeiro dia em que cheguei à redação da GRACIE MAGAZINE, onde, como estagiário, estaria por fazer algumas das minhas primeiras letras de repórter. Como de costume, percebi logo de início que seria necessário muito esforço para me entrosar com os novos colegas e a nova rotina, apesar do agradabilíssimo e convidativo ambiente, incomum na maioria das redações; como diz o senso comum presente no mundo das artes marciais, ali não haveria espaço para moleza, pois todos estavam (pre) ocupados com a publicação da GracieMag número 100, cuja matéria principal seria feita com ninguém menos que o professor HELIO GRACIE, criador e grande nome do Jiu-Jitsu em todo o mundo.

A missão principal do momento estava dividida entre entrevistar o professor em seu sítio em Itaipava, região serrana do Rio de Janeiro, e dar conta de outras atividades relativas à edição de número 100 e das demais publicações da editora Gracie. Enquanto parte da equipe, entre eles feras como Luca Atalla e Rafael Nogueira, subiu a serra, eu, ainda meio perdido, fiquei com a tarefa de estar atento a tudo o que chegava na redação com informações sobre o mundo das lutas.
Dias passados, centésima edição pronta, exemplar devidamente adquirido, folheio ansiosamente as páginas da revista e duas coisas em especial me despertam a atenção: a presença do meu nome fazendo parte do editorial, entre aqueles a quem dever-se-ia agradecer por tantas edições publicadas; e um trecho que trazia sábias palavras (perdoem-me pelo pleonasmo) do professor Helio. Questionado quanto ao fato de se sentir solitário por viver isolado num sítio, o professor rebateu, com um golpe dos mais ágeis e precisos, como nos bons tempos em que lançava mão das imobilizações: "Solidão? Sabe o que é solidão? Solidão é o sujeito não gostar de si mesmo(...)"

Devidamente armazenado tal ensinamento, percebi com o passar do tempo que muitas lições que chegam a nós serão eternas e, ao mesmo tempo, indicativas que outras ainda estão por vir. E ainda que eu tivesse aprendido muita coisa pelo caminho, a "verdade solitária" do professor Helio jamais me fugiu da rotina. E como atualmente falo como praticante de Judô e Jiu-Jitsu, a ausência de solidão proposta pelo Grande Mestre me faz sentido quando estou em alguma posição complicada sobre o tatame e preciso "gostar mais de mim mesmo" do que de qualquer outra coisa naquele momento. E eis que quase quatro anos após a maravilhosa entrevista, enquanto me chega a notícia do falecimento do professor Helio, mais uma poderosa lição me surge: nem sempre o contato físico com alguém deve ser valorizado, e sim os ensinamentos que tal indivíduo poderá nos transmitir! Ainda que eu me pegue em lamentos por não ter tido contato pessoal com o professor, sinto-me amplamente recompensado pelas lições deixadas por ele, confirmado pela necessidade que possuo em buscar cada vez mais conhecimento sobre o Jiu-Jitsu e as artes marciais como um todo.

Uma única entrevista, e obra do acaso ou não, a primeira delas, e eu já estava a perceber que entraria num novo universo, cheio de grandes possibilidades e experiências a serem adquiridos. Um novo mundo a ser descoberto onde os conhecimentos ali deixados ultrapassam os limites da presença física.

Muita coisa ficou com o legado deixado por Helio Gracie e boa parte de seus familiares e descendentes, com quem tive contato durante alguns anos. E se posso contribuir um pouco por ter convivido com a família Gracie durante um período, torno ainda mais pública aqui a entrevista completa com o Grande Mestre publicada na edição 100, edição esta esta que tive o enorme prazer de realizar com outros colegas de trabalho e que me serviu como uma "tijolada recebida na cabeça", outra das várias expressões ditas pelo Grande Mestre da arte suave durante a visita dos "sortudos" - que tiveram o deleite de conhecer o professor em vida e em ensinamentos - que estiveram em sua casa no mês de abril, no ano de 2005.

PRINCÍPIOS PARA PRINCIPIANTES




terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

no princípio era o texto 4



É a melhor lista entre todas até o momento, alto nível mesmo: começamos com um belo Gabo, passamos por bons Verne, Arendt e Rebolledo e encerramos com o visceral "Babbitt, que pede uma leitura completa.

41. Do Amor e Outros Demônios, Gabriel García Márquez, Trad. Moacyr Werneck de Castro
Não foi um dia de grandes notícias aquele 26 de outubro de 1949. Mestre Clemente Manuel Zabala, chefe de redação do jornal onde eu fazia minhas primeiras letras de repórter, encerrou a reunião da manhã com duas ou três sugestões de rotina. Não deu tarefa concreta a nenhum redator. Minutos depois soube por um telefonema que estavam esvaziando as criptas funerárias do antigo convento de Santa Clara, e me ordenou sem muita convicção: - Vá até lá e veja o que consegue.

42. Ambições Imperiais, Noam Chomsky, Trad. C. E. de Andrade.
Creio que não somente a região do Iraque, mas também o mundo em geral, considera a invasão norte-americana um ensaio, um esforço para estabelecer uma nova forma para o uso da força militar. Essa nova norma foi articulada em termos gerais pela Casa Brancaem setembro de 2002, quando foi anunciada a nova Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos da América.

43. A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, Ariano Suassuna:
Daqui de cima, no pavimento superior, pela janela gradeada da Cadeia onde estou preso, vejo os arredores da nossa indomável Vila sertaneja. 0 Sol treme na vista, reluzindo nas pedras mais próximas. Da terra agreste, espinhenta e pedregosa, batida pelo Sol esbraseado, parece desprender-se um sopro ardente, que tanto pode ser o arquejo de gerações e gerações de Cangaceiros, de rudes Beatos e Profetas, assassinados durante anos e anos entre essas pedras selvagens, como pode ser a respiração dessa Fera estranha, a Terra - esta Onça-Parda em cujo dorso habita a Raça piolhosa dos homens. Pode ser, também, a respiração fogosa dessa outra Fera, a Divindade, Onça-Malhada que é dona da Parda, e que, há milênios, acicata a nossa Raça, puxando-a para o alto, para o Reino e para o Sol.


44. A Volta ao Mundo em 80 Dias, Júlio Verne, Trad.Teotonio Simões:
Em 1872, a casa de número 7 da Saville Row, Burlington Gardens, casa em que Sheridan morrera em 1814, era habitada por Phileas Fogg, esquire, um dos membros mais singulares e destacados do Reform Club de Londres, apesar de todo seu esforço em evitar, segundo parecia, chamar a atenção sobre si. A um dos maiores oradores que honram a Inglaterra sucedia pois este Phileas Fogg, personagem enigmático, de quem nada se sabia, salvo que era homem muito polido e um dos mais perfeitos gentlemen da alta sociedade inglesa.

45. Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, Friedrich Engels, Tradução de João Abel:
O socialismo moderno é, em primeiro lugar, por seu conteúdo, fruto do reflexo na inteligência, de um lado dos antagonismos de classe que imperam na moderna sociedade entre possuidores e despossuidos, capitalistas e operários assalariados, e, de outro lado, da anarquia que reina na produção. Por sua forma teórica, porém, o socialismo começa apresentando-se como uma continuação, mais desenvolvida e mais conseqüente, dos princípios proclamados pelos grandes pensadores franceses do século XVIII. Como toda nova teoria, o socialismo, embora tivesse suas raízes nos fatos materiais econômicos, teve de ligar-se, ao nascer, às Idéias existentes.

46. O Livro de Ouro da História da Música, Otto Maria Carpeaux, T. Mario Pontes:
Abrindo qualquer história da música, o leitor encontrará alguns capítulos introdutórios sobre a arte musical dos chineses, dos indianos, dos povos do Oriente Antigo;depois, discussões mais ou menos pormenorizadas sobre a teoria e os fragmentos existentes da antiga música grega; por fim, descrição laboriosa do desenvolvimento da polifonia vocal, até seu aperfeiçoamento no século XIV.

47. Rasero, Francisco Rebolledo, Trad. José Paulo Paes:
Na pequena casa da rua São Vitor, DÊNIS DIDEROT fazia muito esforço para esquecer as terríveis noite vividas na Torre de Vincennes. Não era fácil para ele: o cheiro e as ratazanas persistiam na sua memória, principalmente o primeiro. Não conseguia desprendê-lo de seus sentidos, porque era um cheiro característico, picante e desagradável, de urina e cocô ressecados, de alho e óleo fritos, de cal torrada e peixe rançoso que invadira não só o olfato, como, literalmente, todos os seus sentidos.

48. Imperialismo, a Expansão do Poder, Hannah Arendt, Trad. Olivério S. Ferreira:
Três décadas separam o século XIX - que terminou com a corrida dos países europeus para a África e com o surgimento dos movimentos de unificação nacional da Europa - do século XX, que começou com a Primeira Guerra Mundial. É o período do Imperialismo, da quietude estagnante na Europa e dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na África.




49. O Cortiço, Aluísio de Azevedo:
João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e quinhentos em dinheiro. Proprietário e estabelecido por sua conta, o rapaz atirou-se à labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de tal delírio de enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de estopa cheio de palha.

50. Babbitt, Sinclair Lewis, Trad. Leonel Vallandro:
As Torres de Zenith rompiam por entre a neblina matinal, buscando o céu claro:austeras torres de aço, cimento e pedra calcária, sólidas como rochedo e delciadas como varinhas de prata. Não eram cidadelas nem igrejas, mas, franca e magnificamente, edifícios para escritórios.

30. buddy ROCK holly


Charles Hardin Holley [BUD HOLLY] (7 de setembro de 1936- 3 de fevereiro de 1959)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

PEITOS E RAÇAS
























O espanhol Rafael Nadal e a norte-americana Serena Willians mostraram muita gana, raça e vontade de vencer, saíram de situações amplamente adversas e tornaram-se os grandes campeões do Aberto da Austrália, o primeiro grande torneio de tênis do ano. Serena derrotou a russa Dinara Safina e abocanhou seu décimo-segundo título em Grand Slams, enquanto Rafa bateu o seu arqui-rival, o suíço Roger Federer, e assegurou o sexto troféu de Grand Slam em sua carreira.