sábado, 31 de outubro de 2009

39. autumn in paris (para AGNES RISSARDO)



"Autumn in New York", para Agnes Rissardo, nascida aos 31 dias de uma formidável primavera de outubro.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

rodada de APOSTAS em DOHA



Mais uma Copa do Mundo que surge; assim sendo, joguemos novas fichas: a rodada pede apostas pesadas e arriscadas, pois o grupo das oito que figura no card do WTA Championships, que terá início amanhã em Doha, no Catar, promete muitas bolas vencedoras.

A começar, a desigualdade nos dois grupos: em um deles reina a número 1, Dinara Safina, entre outras três consideradas de menor qualidade; no outro, oooppppsss! quatro cracaças disputam duas vagas onde ninguém se arrisca a prever quem se sairá bem: as irmãs SERENA E VENUS e as russas KUZNETSOVA E DEMENTIEVA! Que dureza!

Abaixo listo as minhas projeções e apostas. A saber:


1ª Dinara Safina – a atual número 1 do ranking vive a melhor temporada da carreira. Ainda mais favorita após cair em um grupo relativamente fraco. Acho difícil que ela nao chegue ao menos à final, e aposto nela e em Venus ou Jankovic na finalíssima.


2ª Serena Williams – A campeã na Austrália e em Wimbledon é e sempre será favorita de qualquer torneio que participar. Caso não perca muitas horas de treino presente em eventos do mundo das celebridades, claro.

3ª Svetlana Kuznetsova –vem de séria lesão no pé esquerdo e acho difícil que se saia bem estando em um grupo tão difícil.

4ª - Caroline Wozniacki – Vice do US Open, a bela lourinha pode surpreender. Apesar que acho que ela pode (e deve) melhorar muito o seu tênis para sonhar em figurar entre as grandes durante muito tempo. 

5ª Elena Dementieva – Teve um ótimo início de temporada, ganhando os torneios em Auckland, Sydney e Toronto. Acho que chegou a vez dela e aposto nesse nome como uma das semifinalistas, pelo menos.

6ª Victoria Azarenka – Chega com uma incógnita em Doha; foi beneficiada por um grupo mais fraco, mas ainda assim não acredito que chegue às semis.


7ª - Venus Williams – A atual campeã em Doha não deve figurar entre as finalistas. Ela já não é mais a mesma.

8ª - Jelena Jankovic – Zebra claríssima da competição; deve disputar com Wozniacki a segunda vaga do grupo. Se chegar entre as quatro, pode levar o título. Aposto nela.

sábado, 24 de outubro de 2009

COLEÇÃO fulminante DE OBJETOS



QUERO
carlos drummond de andrade

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor
.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

veio DE TURMA pra ficar

Ilustração feita por Baptistão (www.baptistao.zip.net)


Faz-se oportuno lembrar de cinco décadas de inspiração, estímulo à leitura e muita, muita diversão com essa turminha pra lá de peralta que acompanhei desde os dias de molecote.

Foram décadas acompanhando as tramas em quadro do peralta, amoroso e sapeca Francisco Bento, do sujinho cascão, dos planos infalíveis do Cebolinha; sem contar de outros tidos menos importantes, como a dupla Tina e Rolo, a horripilante turma do Penadinho, do astronauta, do filosofal Horácio e seus questionamentos, e muitos outros que ficaram pela memória.

Nada mais justo e íntegro do que lembrar do pai de todos eles, o nosso MAURÍCIO DE SOUZA, que CHEGA aos 50 anos de carreira com todos esses personagens. Viva, MAURIÇÃO!

Herivelto e Dalva



Não... não é a minissérie da Globo, cuja estreia está prevista para janeiro de 2010. Muito antes da Globo, as escolas de samba renderam homenagem aos dois grandes artistas em tela. Em 1986, a Unidos da Ponte homenageou Herivelto Martins, que ainda estava entre nós. E, no ano seguinte, a Imperatriz Leopoldinense teve como enredo a queridíssima Estrela Dalva, cujo carnaval também marcou a despedida de grandes nomes da folia carioca, como Arlindo Rodrigues (carnavalesco da Imperatriz) e Fernando Pinto.




Unidos da Ponte 1986 - Tá na hora do samba que fala mais alto, que fala primeiro





Autores: Grilo, Freitas, Dilsinho e Denise
Puxador: Grilo



Hoje sou luz ao luar
Verso que a Ponte seduzia
Vento de marola vim contar
Meu canto brinquei de Bahia
Um bolero envolvente
Gardel num tango a cantar
Sou eu, sou eu, ribalta
Que no tempo ficou
Sou eu de volta à boemia
Minha Mangueira, amor



Eu vou à Lapa
Pego o bonde de cem Réis
O capoeira dá um laço com os pés

Meu Rio antigo
Dos lampiões a gás
Não chore que isso dá samba
Moleque bamba
Confete, serpentina, carnavais
Amigo Chico Viola
Ah! Que saudade
De ouvir o seu cantar
Hoje, aqui embaixo
Enlataram nossa gente
E não há samba que agüente
Este moderno
No lugar de cavaco e ganzá


Ô ô ô, ô ô ô
A Ponte canta
Helivelto que hoje sou






Imperatriz Leopoldinense 1987 - Estrela Dalva - Homenagem a Dalva de Oliveira





Autores: Zé Catimba, Guga, Niltinho Tristeza e Bil Amizade
Puxadores: Alexandre da Imperatriz e Rico Medeiros


Zum zum zum ... A bateria
Zum zum zum ... É harmonia
Hoje é dia de festa
Hoje é dia de folia
Oh! Saudade, ôô
Hoje você é carnaval
No palco do amor,
O teu papel é o esplendor, ô ô
A Estrela Dalva brilha,
E ilumina o meu sonhar
É a luz, é a poesia
É a vontade de cantar
Lá lá lá lauê
É carnaval, vou me perder
Lá lá lá lauê
Vem, meu amor, quero você
Bandeira Branca
Meu amor, eu peço paz
Vamos sambar,
Viver feliz e nada mais


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Os piores trechos de sambas de todos os tempos - Parte 1

Faltam apenas 117 dias para a folia carnavalesca de 2010. Em outras postagens, citei alguns sambas magistrais do passado. A idéia é, agora, relembrar alguns sambas toscos que também fazem parte da história do carnaval carioca.

Pegando carona na final aguardadíssima da Imperatriz, que em 2010 nos brindará com uma grande obra, inicio a coluna "Os piores trechos de sambas de todos os tempos" com um samba-enredo da escola de Ramos de 1988!

"Conta outra que essa foi boa"


Autores: Zeca Catimba, Gabi, David Corrêa e Guga


"Ô, ô, ô, piuí, piuí, lá vem o trem
A ferrovia
É brincadeira de neném"

sábado, 17 de outubro de 2009

RECURSOS de Trinta em 30 anos


É ridículo pretender fazer do carnaval um momento sério e dramático. A ALEGRIA não é uma ilusão, é um RECURSO"

Por Joãozinho Trinta, publicado no Jornal do Brasil em outubro de 1979.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ROMANTISMO VELADO



Poucos discordam de que um olhar pode não só representar muito bem uma realidade, mas também pode alterá-la. E os também românticos também sabem disso. Desde o último romântico a deixar de balilar nos campos – O DERNIER PIED-NOIR franco-argelino ZINEDINE ZIDANE – encontrei no tema em questão ausência de razões para o viés complexo, subjetivo e conotativo frente às paixões mais avassaladoras.





Mas o dia de ontem me fez acreditar que o futebol, apaixonante em sua essência, pode trazer à tona o mesmo sentimento que obtive na relação com ele durante os últimos anos; a atmosfera ajudou: Flamengo, Maracanã e Futebol formam um trinômio dos mais expressivos, um banquete que anuncia que emoções estão por vir a qualquer momento. Mas relacionar o cracaço de bola Zidane com o sérvio Dejan PETKOVIC deve ter os seus mistérios; para não parecer complexo, focalizemos apenas um ato comum a ambos. Como em uma ópera, em que os atos são valorizados em cenas específicas  – apontem argumentos contra isso, por favor – alguns lances no futebol são cenográficos e trazem à vista dos mais ansiosos belos momentos além dos vistos pela generalidade.

Um brilhou no maior evento esportivo já criado, a Copa do Mundo, cujo foco está dante da retina de 3 bilhoes de indivíduos; o outro nao foi tão longe, mas aproveitou o mai charmoso estádio do mundo e a rivalidade dos dois maiores campeões em solo brasileiro para deixar suas marcas.
Em ambos, o momento mais fatal do esporte, a cobrança da penalidade máxima; a ambos os atores, a responsabilidde de triunfar no lance perante o goleiro; e afim aos dois, o misto de frieza, sensibilidade e ironia, presente apenas a quem nasceu para ser idolatrado.

O toque sutil ao gol, com a bola descrevendo uma lenta e mordaz parábola, corroeu as chances de os goleiros simularem qualquer tipo de reação, atitude típica do seleto grupo dos fora de série, em que a vicissitude se faz mais presente em vários momentos. E isso tudo COMO SE COM OS ROMÂNTICOS assim também não o fosse.





segunda-feira, 12 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

LOBOS DAS ESTEPES (foi mal, herman hesse!)



Pau neles, compadre!
Por Millor Fernandes

Vocês, que continuam com visão romântica do homem (atualmente chamado de ser humano –como se fosse! – por imposição feminista), tirem o cavalinho idiota da chuva. Repito-me: o ser humano é um animal inviável. Em bando então, em grupo, em congresso, em Congresso, na assim dita coletividade, a guerra é certa, escravizar o irmão tentação irresistível, o assalto ao mais fraco compulsivo. A milícia protetora cria o milico e feroz. A mais famosa fraternidade ainda é a de Caim.

A generosidade dura apenas – se – o tempo do primitivismo. Até o paleolítico o pitecantropo só podia ser comunista. A carne apodrecia rapidamente (cheirava mal) e reparti-la era inevitável. No neolítico, quando se inventaram os vasilhames, o comunismo foi pro brejo, imenso, na época.

Deem uma leiturinha na história, desde os horrores da Mesopotâmia – ressuscitados hoje, brilhantemente, por Saddam e Bush –, passando pela Grécia de sangueiras e traições transformadas em glória e mito pelo talento homérico, passem pela impertérrita Inglaterra, cuja "revolução industrial" se alicerçou no tráfico de escravos e no saque (muito de nosso ouro, via Portugal). E nos Estados Unidos, esse gigante democrático, como foi? Perguntem a Búfalo Bill e ao general Custer, se não querem perguntar aos mexicanos. Ah, não se esqueçam de Hiroshima e Nagasaki. A Espanha, Deus do céu!; as touradas são apenas jogos infantis diante de sua colonização (Montezuma que o diga) nos quatro ou cinco cantos do mundo. E não vamos esquecer da Inquisição, Santa, aliás. A Holanda só não tem diques contra a própria e permanente cupidez. A Alemanha, pra só falar nos tempos atuais, inventou os campos de concentração, adotados rapidamente em todo o mundo democrático. Mas a revelação dos campos de concentração é um fato pós-guerra. Se os alemães tivessem vencido, isso jamais apareceria e vocês iam ficar estarrecidos com os horrores praticados pelos "nossos". Na Rússia de sempiterna crueldade, o homem sempre foi o lobo da estepe do homem. Quantas pessoas Stalin matou: dez, vinte, trinta, quarenta milhões? E os tzares? Foram uns querubins?

Dinamarca, os ingleses primitivos que o digam, Etiópia, onde há pouco mais de vinte anos os marxistas acabaram com uma das mais antigas aristocracias do mundo, Egito, aquele, dos Faraós, África do Sul, aquela, do Apartheid. E desçam pela América Central, revejam Incas, Maias, Astecas e constatem que esses povos, quando não estavam sendo violentados pelos europeus, estavam praticando as suas próprias barbaridades diuturnas em forma até de ritual sagrado. De violência em violência cheguem ao Brasil, esse oásis, antiga residência do homem cordial, atualmente pátria do bom selvagem, que vende as matas aos madeireiros, explora os companheiros e, de vez em quando, como lazer, violenta uma branca distraída. No passado não foi pior apenas por incompetência – só inventou bordunas. Mas pra que servem bordunas? Pra dar bordunadas.

Aos que acham que a violência de nosso tempo é maior do que jamais foi, devido ao excesso de população, estou parcialmente de acordo com eles. Não é só o excesso, é a concentração. Noutro dia fui andar na Avenida Copacabana e toda a superpopulação estava na rua.

E só existe um controle populacional infalível – a prosperidade. Portanto temos que acabar com a pobreza, de preferência eliminando os pobres. Pobre transa demais, gente!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

FALTAVAM 25 anos e alguns dias












Poderia ter começado usando o tempo verbal no presente, mas o imperfeito deu-se mais apropriado, porque corria o ano de 84 e eu já um fã dos principais esportes do mundo.

Ainda que a maior fixação esportiva se desse pelas idas ao maracanã para ver o Flamengo campeão e uns jogos da seleção masculina de vôlei, prata em 82, a minha afinidade pelo esporte já aflorava - as mesmas belas flores da Paloma - e me encaminhava a este mundo de maneira irreversível.

O estalo inicial talvez tenha se dado com este daí das fotos acima, JOAQUIM CRUZ, que na madrugada de seis de agosto de 1984 não me tirou o sono mas me fez sonhar com o pódio.



Enquanto Joaquim corria rumo ao ouro eu, molecote dos mais sacanas, dormia intensamente; mas ao passo que era ninado ao braços de Morfeu, senti que a vitória viria. Ao acordar pela manhã, ouvi de minha mãe a informação: "Filho, aquele corredor de quem você gosta, o JOAQUIM CRUZ, ganhou o ouro!"; rapidamente rebati: "JÁ SEI!!!!!"

Sonho, visão ou poesia, antes que o questionamento da minha certeza frente a este fato viesse ao ar, saí de fininho com um sorriso irônico por ter confirmado o sonho e em nada lamentei por ter "perdido" o ouro que me marcaria em definitivo como um admirador do esporte em várias dimensões.


















Aconteceu que na última sexta-feira, em um almoço com o designer Hans Donner, sequer apercebi-me de que a escolha da sede das Olimpíadas de 2016 estava em andamento e mais uma vez "perdi", tal qual o ouro do Joaquim, o anúncio da minha cidade de origem como a vencedora.
Da mesma forma que a minha mãe há 25 anos e alguns dias, Hans Donner, possivelmente o mais brasileiro entre os austríacos - que diremos entre os designers - me avisou com um abraço e um sorriso dos mais sinceros que o Rio de Janeiro havia ganho; mas desta vez eu não imaginei, nem sonhei e muito menos vivi poesias com o fato.

A "perda" do anúncio da cidade-sede me faz, agora, mudar o tempo verbal e vislumbrar um evento histórico no Rio daqui a sete anos. E espero não precisar citar outro gênio, Nélson Rodrigues, que "esmurrou" com palavras os que padeciam do "complexo de vira-latas" e repudiam a presença dos Jogos por aqui com argumentos esdrúxulos ligados aos nossos problemas, mazelas, chagas e conflitos.


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Um passeio pelo reino de HADES











OS FRANCESES NÃO são conhecidos pela simpatia nem pelo bom humor, mas tampouco podem ser considerados o povo mais sorumbático do planeta. Por isso, não deixa de ser surpreendente o inegável fascínio dessa gente pelo mundo subterrâneo. A começar pelo metrô de Paris, uma marca registrada da cidade, que conta com 16 linhas por onde circulam cerca de 5 milhões de pessoas diariamente.

Nada de assustador, se parasse por aí. Acontece que as opções de turismo da cidade não passam apenas pelos manjados Arco do Triunfo, Torre Eiffel e Museu do Louvre. Na verdade, estou chegando à conclusão que os franceses são capazes de transformar tudo em atração turística. Em 1995, quando estive em Paris pela primeira vez, achei curioso o fato de um cemitério – o Père-Lachaise – ser muito visitado por causa de seus “cadáveres ilustres”, mas agora o ponto de exclamação foi maior: pode-se fazer turismo pelas catacumbas da cidade, que ostentam ossos e caveiras dos mortos pelas antigas epidemias que assolaram o lugar até 1785, ano de construção da rede.

Como se não bastasse, ainda podemos fazer um passeio pelos esgotos de Paris. Isso mesmo: os parisienses sentem um orgulho imenso do sistema de tratamento de água da cidade. E lá nos esgotos encontramos um museu com mostra permanente sobre o processo de saneamento, a história do abastecimento desde os tempos mais remotos e a garantia, no final, de que a água das torneiras, vinda do Rio Sena, é totalmente livre de impurezas e pode ser bebida sem medo.

O museu ainda destaca a célebre obra de Victor Hugo, Os miseráveis (1862), e reproduz parte do romance em que o protagonista Jean Valjean atravessa os esgotos de Paris numa fuga, carregando o personagem Marius nas costas. Descobrimos ali que Hugo era amigo de um inspetor de saneamento e pôde visitar as galerias para melhor descrevê-las em seu romance.

Apesar do mau cheiro constante, a visita vale pelo inusitado. E até mesmo a lojinha de souvenirs do museu é capaz de surpreender. As lembrancinhas mais procuradas são os ratos de pelúcia, de todos os tamanhos e diferentes cores. Não resisti e comprei um que treme.