terça-feira, 30 de outubro de 2007

DRUMMOND + ROSA

UM CHAMADO JOÃO
Carlos Drummond de Andrade


João era fabulista,
fabuloso,
fábula?
Sertão místico disparando
no exílio da linguagem comum ?
Projetava na gravatinha
a quinta face das coisas
inenarrável narrada?
Um estranho chamado João
para disfarçar, para farçar
o que não ousamos compreender?
Tinha pastos, buritis plantados
no apartamento?
no peito?
Vegetal ele era ou passarinho
sob a robusta ossatura com pinta
de boi risonho?


Era um teatro
e todos os artistas no mesmo papel,
ciranda multívoca?
João era tudo?
tudo escondido, florindo como flor é flor,
mesmo não semeada?
Mapa com acidentes
deslizando para fora, falando?
Guardava rios no bolso,
cada qual com a cor de suas águas?
sem misturar, sem conflitar?
E de cada gota redigia
nome,curva, fim,
e no destinado geral
seu fado era saber
para contar sem desnudar
o que não deve ser desnudado

e por isso se veste de véus novos?
Mágico sem apetrechos,
civilmente mágico,
apelador de precípites prodígios
acudindo a chamado geral?
Embaixador do reino que há por trás dos reinos,
dos poderes,
das supostas fórmulas de abracadabra, sésamo?
Reino cercado não de muros,
chaves, códigos,
mas o reino-reino?
Por que João sorria se lhe perguntavam
que mistério é esse?

E propondo desenhos
figuravamenos a resposta
que outra questão ao perguntante?
Tinha parte com... (não sei o nome)
ou ele mesmo era
a parte de genteservindo de ponte
entre o sub e o sobreque se arcabuzeiam
de antes do princípio,
que se entrelaçam para melhor guerra,
para maior festa?
Ficamos sem saber o que era João
e se João existiu de se pegar.

(publicado originalmente no Correio da Manhã, em 22/11/1967, três dias após a morte de Guimarães Rosa)

EMPREENDEDORISMO III (haja paciência...)

"Se o Lulinha não entrar em campo amanhã, ele e eu estaremos fora do Corinthians"

Wagner Ribeiro, empresário de jogadores de futebol, entre eles de Lulinha- ainda juvenil à época do depoimento. Tal forçação de barra por parte de Ribeiro levou à demissão do técnico Emerson Leão do comando do Corinthians, já que este afirmara, na ocasião, que não aceitaria pressão para escalar determinado jogador em prol de interesses particulares(!?) de empresários.

EMPREENDORISMO- PARTE II


"A liberdade que a democracia liberal prega é para as empresas poderem circular por todo o globo, fazer seus negócios em todos os lugares e lucrar sob todas as modalidades, sem nenhum entrave ou constrangimento legal. Estas grandes corporações escapam a todo o controle democrático"
Leonardo Boff, em "Virtudes para um outro mundo possível"


sábado, 27 de outubro de 2007

EMPREENDEDORISMO



"Eu dizia para as agências paulistas: vocês não precisam anunciar na Palavra, na Bundas ou no Pasquim 21 para vender seu produto; vocês precisam anunciar nestas publicações com o objetivo de ajudar a melhorar o país onde vivem, um país com gente melhor, mais bem informada, mais atenta para o mundo. Meu recado não colou! Quebrei! Três vezes!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Adeus a Deborah Kerr



2007 tem sido um ano de grandes perdas. No último dia 16/10, mais uma grande estrela do cinema deu adeus aos seus fãs: Deborah Kerr.



A atriz escocesa teve uma carreira sólida tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos. Nascida em 1921, Deborah estreou nas telonas em 1940, e já em seu segundo filme, Major Barbara (1941), despertou a atenção do público inglês.



Em 1947, a atriz debutaria nos cinemas de Hollywood, sendo sempre escalada para interpretar papéis de mulheres refinadas e românticas.


Cansada dos repetitivos papéis, Deborah decidiu interpretar o papel de uma adúltera no filme "A um passo da eternidade" de Fred Zinnemann. O filme foi um estrondoso sucesso, vencendo 8 Oscar. Deborah Kerr foi indicada ao prêmio de melhor atriz, fato este que se repetiria mais cinco vezes ao longo de sua brilhante carreira, porém a atriz jamais venceu o prêmio. O filme também é lembrado por conter "o beijo mais erótico de toda a história do cinema".

A década de 1950 foi marcante para a carreira de Deborah. Além de "A um passo da eternidade", a atriz foi altamente elogiada pelos filmes "O Rei e eu" (1956), "O céu por testemunha" (1957) e "Tarde demais para esquecer" (1957).

A última aparição pública da atriz foi em 1994, quando Deborah Kerr recebeu um Oscar honorário. Com a saúde fragilizada, Deborah fez um discurso emocionante de despedida, que arrancou aplausos da platéia.


Fica aqui a reverência a esta grande atriz!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

ROCK 'N' ROLL SUICIDE

Eu era o típico cantor de rock: suicida e depressivo"

David Bowie, ao analisar como era a sua personalidade no ano de 1972, época do lançamento do álbum "Ziggy Stardust", tido como o mais mítico e famoso de sua carreira.

domingo, 14 de outubro de 2007

MANGUEIRA 2008


100 ANOS DO FREVO, É DE PERDER O SAPATO. RECIFE MANDOU ME CHAMAR...



Ao som de clarins
Descendo a ladeira
Sou Mangueira
Tem frevo no samba,deu nó na madeira
orgulho da cultura brasileira
A majestade é o povo,sem o povo história não há
estende o brasão, reflete o leão,
símbolo de garra e união
Capoeira invade os salões
Mascarados, despertam Dragões
E pelas ruas, vem Zé Pereira,
Arrastando a multidão
Nascia o frevo contagiando toda a massa
E até hoje tem colombina e seus amores
Passo no rancho das flores
O profano é sagrado no maracatu
Nos cem anos de história, desperto a alvorada
Brincando no Galo da Madrugada

Invade a cabeça, o corpo, embala os pés
Delírio da massa, um fervo!
É a Mangueira no passo do frevo
Voltei de sombrinha na mão
Sonhando em gritar é campeão
Mandou me chamar,
eu vouPrá Recife festejar
Alegria no olhar, eu vejo
É frevo, é frevo, é frevo


MULHER DE AMIGO MEU...

Se alguém ainda tinha dúvidas de que as fotos de Mônica Veloso, ex-amante do senador Renan Calheiros, iriam bombar nos corredores, escritórios, laptops e bancas de jornal do Palácio do Planalto...






sábado, 13 de outubro de 2007

SALGUEIRO 2008

O RIO DE JANEIRO CONTINUA SENDO...

http://www.carnavalesco.com.br/videos/salgueiro_final.htm

Canta meu Salgueiro!
Um "Rio de Amor" vai desaguar
Meus versos vêm no "Tom" da Poesia
Da beleza que irradia
E fez o lusitano se encantar
Paraíso de riquezas naturais
Coração do meu país
Seduzindo a nobreza
Terra de gente Feliz
Chega a Família Real
Dando um charme especial
O porto agita a Praça Mauá
Onde a semente do samba se fez brotar

Eu sou o Rei da Boemia
Carioca, sou da Lapa, Patrimônio cultural
E me banhei de alegria, tiro onda, dou meu jeito
Minha Vida é um carnaval

Divina obra-prima pra se admirar
Entre morros e ladeiras
A brisa embala as ondas do mar
Essa gente tão cheia de graça
O turista que leva saudade
E o redentor abençoando
Maravilhosa cidade
O Suburbano improvisando muito bem
Vai batucando na lotada ou no trem



E deixa o sol bronzear
No calor do meu Salgueiro
Eu sou raiz desse chão
E canto a minha emoção
Salve o Rio de Janeiro

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O DNA É DE CENTRO (para said e sarah)


Esquerda e direita
Luís Fernando Verissimo

O DNA é de esquerda ou de direita? Ele fornece argumentos para todos. Prova que todos nascem com o mesmo sistema de códigos genéticos e, portanto, são iguais (ponto para a esquerda), mas que cada indivíduo tem uma senha diferente (ponto para a direita, se bem que não necessariamente para os racistas). Na velha questão biologia x cultura, o DNA dá razão a quem diz que características adquiridas não são hereditárias, nenhuma experiência cultural afeta os genes transmitidos e a humanidade não ficará mais virtuosa – muito menos socialista – com o tempo. Mas a própria descoberta do DNA e todas as projeções que se tornaram possíveis com a manipulação do material genético mostram como o ser humano pode, sim, interferir na sua própria evolução e como existe nele uma determinação inata para o auto-aperfeiçoamento. Parafraseando Marx: os cientistas sempre se preocuparam em compreender o ser humano, agora devem tratar de mudá-lo. Biologia não é, afinal, destino. Ao mesmo tempo, a eugenia é uma ciência com má reputação. Seu apogeu anterior foi nos experimentos nazistas durante a guerra, e o significado de “aperfeiçoamento” é uma questão aberta. Uma pessoa “melhora” tornando-se mais bem-preparada, pela aparência, a capacidade física e o espírito empreendedor, para as competições da vida ou mais tolerante com a variedade humana?


A indefinição ideológica dos nossos genes é apenas mais um numa longa lista de paradoxos que nos dividem. É “de esquerda” ser a favor do aborto e contra a pena de morte, enquanto direitistas defendem o direito do feto à vida, porque é sagrada, e ao mesmo tempo o direito do Estado de tirá-la, embora não gostem que o Estado interfira em outras áreas. A direita valoriza o indivíduo acima da sociedade, que seria uma abstração, mas aceita a desigualdade social, ou o sacrifício de muitos indivíduos pelo sucesso de poucos, como natural. A esquerda muitas vezes atribui a um Estado impessoal ou a um líder superpersonalizado a incongruente realização de um humanismo igualitário. Et cetera, et cetera. E, aparentemente, o DNA não vai nos dizer se estamos condenados a ser contraditórios de uma maneira ou de outra, para sempre. Era só o que nos faltava, o DNA ser do centrão.Feliz é a mosca, que tem mais ou menos a nossa estrutura genética, mas absolutamente nenhum interesse nas suas implicações.

BEIJA-FLOR - CARNAVAL 2008

MACAPABA: EQUINÓCIO SOLAR, VIAGENS FANTÁSTICAS AO MEIO DO MUNDO


É manhã, brilho de fogo sob o sol do novo dia
Meu talismã, a minha fonte de energia
Oh! deusa do meu samba, a flor de Macapá
No manto azul da fantasia
Me faz mais forte, extremo norte
A luz solar ilumina meu interior
Vou viajar na linha do Equador
Emana ao meio do mundo a beleza

A força da mãe natureza é Macapaba
O rio beijando o mar
Encontro das águas marejando o meu olhar
Quem foi meu Deus que fez do barro poema

Quem fez meu criador se orgulhar
Os Cunanis, Alistés, Maracás
Foram dez, foram mais pelo Amapá
Um dia navegando nos rios de Tupan
A viagem fantasia dos filhos de Canaã
A mágica da terra a cobiça atraiu
Ibéria se enleva no Brasil
A mão de Ianejar na fortaleza pela proteção da vida
Em São José de Macapá
Brilha Mairi a minha estrela preferida
Herança moura em Mazagão
Retiro o meu chapéu de bamba e assim
O Marabaixo ao marco zero cai no samba
Soam tambores no tocar do tamborim
O meu valor me faz brilhar
Iluminar o meu estado de amor
Comunidade impõe respeito
Bate no peito eu sou Beija-Flor

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

ALUGA-SE POR TEMPORADA

25 ANOS SEM GLENN GOULD


Em outubro de 1982 perdemos o magistral, excêntrico e polêmico pianista canadense Glenn Herbert Gould. Ele ficou conhecido em todo o mundo por suas gravações da obra de J. Sebastian BACH.
Aqui se apresentando com orquestra regida pelo não menos genial maestro Leonard Bernstein:

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

FRASE DO MÊS

"Cada um administra a sua imbecilidade à sua maneira, a seu modo"


Juarez Rocha, apelidado de o "rei das melancias" no Piauí, ao ser perguntado sobre o que achara de o presidente da Phillips no Brasil, Paulo Zottolo, ter feito a seguinte afirmação: "Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz quanto tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado."

terça-feira, 9 de outubro de 2007

E O SAMBA TOMBOU...






























Terça-feira, dia 9 de outubro de 2007: data histórica para os não-doentes do pé em todo o território nacional. Isto porque as matrizes do samba do Rio de Janeiro - partido-alto, samba de terreiro e samba-enredo - receberam o título de Patrimônio Cultural do Brasil. Ou seja, já era hora de vermos o samba carioca como um bem tombado nacional!

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou que o estilo musical criado na casa da Tia Ciata, na região da Praça Onze, nos anos 1910, como patrimônio cultural imaterial do Brasil. O título é concedido para as manifestações populares mais importantes do país.

Entre outros gêneros, como o frevo, em Pernambuco, e o tambor de crioula, no Maranhão, também é patrimônio imaterial do Rio o jongo, surgido na primeira metade do século XX no morro da Serrinha, em Madureira.



Frase do dia




"Não posso me permitir ser uma rebelde aos 43 anos"


Courtney Love, dizendo viver uma nova fase, longe das drogas.

A Ponte de Waterloo


Ao rever pela milésima vez um curto filme sobre a vida da atriz Vivien Leigh, fiquei um tanto intrigada quando Vivien dizia que sua melhor atuação fora no filme "A Ponte de Waterloo".


Para mim, essa afirmação soava um tanto estranha. É que Vivien Leigh venceu dois Oscar como melhor atriz, ao interpretar dois papéis fantásticos, a saber Scarlett O'Hara (E o Vento Levou) e Blanche DuBois (Uma Rua Chamada Pecado).


Resolvi então comprar o filme "A Ponte de Waterloo" (Waterloo Bridge, 1940). Este veio diretamente de Hong Kong. Você deve se perguntar o porquê de Hong Kong! Simplesmente esse filme não foi lançado em DVD nem na Europa e nem nos EUA!!! ABSUUUUUUUUUUURDO! "A Porte de Waterloo" é o filme clássico mais adorado lá pelas bandas da China e, por isso, você só encontrará esse DVD por lá!


Mas vamos ao que interessa... assisti ao filme com muita atenção, no sentido de analisar a interpretação de Vivien Leigh como a jovem e sofrida Myra Lester.



A história se passa durante a Primeira Guerra Mundial. Myra Lester é uma bailarina que se apaixona pelo militar Roy Cronin. Eles se casam antes que Cronin siga ao front de batalha. Porém, a expectativa da volta de seu amado é interrompida após Myra tomar conhecimento pelos jornais de que seu marido fora morto.

Sem dinheiro e sem seu amor, Myra e sua inseparável amiga Kitty se tornam prostitutas. Um certo dia, ao caminhar pela estação de trem, Myra se depara com Cronin em carne e osso. A partir daí, Myra se encontra em um dilema: deve ela contar sobre seu passado como prostituta ou seguir em frente e viver em um conto de fadas com Cronin? Essa resposta não poderei dar...

Voltando ao assunto inicial, Vivien Leigh nos brinda novamente com uma performance magnífica e sua química com o belíssimo Robert Taylor é fantástica.

Levando em consideração que Scarlett O'Hara é hours-concours e que sua interpretação como Blanche DuBois é lendária, concordo com Vivien Leigh. Sua Myra Lester é realmente a melhor personagem da atriz em sua curta carreira cinematográfica.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Os Melhores Anos de Nossas Vidas



Retomarei aqui a série dos meus filmes prediletos. Hoje falarei um pouco sobre o filme "Os Melhores Anos de Nossas Vidas" (The Best Years of our Lives).


"Os Melhores Anos de Nossas Vidas" é certamente um dos maiores e melhores filmes de Hollywood. Não foi a toa que o filme abocanhou sete estatuetas do Oscar, incluindo "Melhor Filme de 1946". O filme, portanto, foi o primeiro vencedor do pós-guerra e a trama não poderia ser mais apropriada. Apesar de ser classificado como drama, "Os Melhores Anos de Nossas Vidas" pode ser descrito acima de tudo como um filme anti-guerra.


A história envolve três veteranos da II Guerra Mundial, que finalmente retornarão para seus lares. São eles: Al Stephenson (Fredric March), Fred Darry (Dana Andrews) e Homer Parish (Harold Russell).



Quando Al fora convocado, seus filhos ainda pequenos ficaram sob os cuidados de sua esposa Milly Stephenson (Myrna Loy). Ao retornar, Al reencontra seus filhos Rob (Michael Hall) e Peggy (Teresa Wright) já crescidos. Após tantos anos, Al se torna um estranho perante sua própria família.


Fred, que se casara com Marie (Virginia Mayo) poucos dias antes de partir para o front, retorna a sua cidade natal e tenta reconstruir sua vida. Porém, sem qualificação para obtenção de um bom emprego e enfrentando um casamento sem amor, Fred vê sua vida se tornar um inferno.

Já o marinheiro Homer tem a vida atormentada após a perda de suas mãos durante uma batalha. Ele, que deixara a noiva Wilma Cameron (Cathy O'Donnell) nos Estados Unidos, sofre diuturnamente pois agora depende da comiseração dos outros até para abotoar seu pijama.

Diante de tão dura realidade, seriam mesmo os melhores anos de suas vidas? O filme consegue atingir o objetivo de mostrar a vida dos veteranos no pós-guerra, sem ser piegas. A atuação de todo o elenco é memorável. Destaco aqui a performance de Harold Russell, que realmente perdera suas mãos durante a guerra e, por este filme, venceu dois Oscar's e, da então estreante Cathy O'Donnell, que nos oferece uma atuação cheia de ternura e amor.
Uma triste coincidência marca também o filme: as maravilhosas atrizes Virginia Mayo e Teresa Wright faleceram em janeiro e março de 2005, respectivamente.

Está chegando...


As escolhas dos sambas-enredo estão agitando o Rio de Janeiro... ainda esse mês vamos conhecer as obras que embalarão o Carnaval 2008!


Como boa INDEPENDENTE, estou atenta à disputa na minha Mocidade. No último sábado se apresentaram três sambas, dos quais um será cortado. Este só será revelado amanhã! Estou na expectativa, já que meu samba favorito, cujos autores são Iuri Abs, Diego Nicolau, J.Medeiros e Leco Estrada, tem grandes chances de ser o campeão.


sábado, 6 de outubro de 2007

SÃO CLEMENTE 2008

ENREDO: "O clemente João VI no Rio: a redescoberta do Brasil"

http://odia.terra.com.br/carnaval/grupoespecial/saoclemente/samba2.asp

No céu brilhou
O azul cintilante refletindo a nobreza
A corte se enfeitou
Celebrando a união das realezas
O povo festejou
Para orgulho da coroa portuguesa
O reino então se mudou
Meu Rio se transformou
Num grande centro de "Real" beleza
Um verdadeiro paraíso tropical

Entrada régias com florais e esculturas
O ritual do beija-mão é sem igual
O amor impera em sublime poesia
Na corte em festa a alegria é geral

Com os portos abertos
Surgem amigas nações
Sob o olhar fuzileiro
Adeus colônia, pois o Rio é capital
Viagens pitorescas....."colorindo" a cidade
"Pinta" a arte francesa
O aclamado Rei de Portugal
Vê chegar a hora da partida
O Povo se rende na mais pura emoção
É eterno o carinho ao "Clemente João"
Grande monarca luso brasileiro
Receba a homenagem do meu Rio de Janeiro
Cerimônia na corte....fechou geral

Maria a louca arrasou no visual
A São Clemente com requinte e fidalguia
Prepara a festa pra família real

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

MEDÍOCRES

"O que explica o sucesso de muitas obras é a relação ali encontrada entre a mediocridade das idéias do autor e a mediocridade das idéias do público"

Nicolas de Chamfort, pseudônimo de Sébastien Roch Nicolas (1740-1794), escritor e humorista francês.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A LUTA CONTINUA


Aportando esta esta semana no Rio de Janeiro, a Cia. de Teatro Oficina Uzyna Uzona traz o inenarrável "Os Sertões" para o Rio Cena Contemporânea. Sertanejos, religiosos e militares apresentam três peças diferentes para contar a saga narrada por Euclides da Cunha no livro homônimo e transposta para os palcos pelo excepcional dramaturgo, diretor e ator José Celso Martinez Corrêa.
Fazendo da teatralidade um gênero artístico completo, que se apropria dos outros gêneros num grande mural de imagens, sons e aromas, a companhia subverte os padrões convencionais do teatro moderno e reconta à sua maneira a sangrenta história de Canudos, com Zé Celso interpretando Antônio Conselheiro. A superprodução conta com 47 atores e apresenta 26 horas de encenação, que utilizam mais de dois mil figurinos.
Sobre o espetáculo, várias referências míticas, soluções cênicas metafóricas, trangressões sexuais, rebeldias políticas e, é claro, muita música, característica marcante do Oficina.
O espetáculo fica no Rio até o dia 14 de outubro no Centro Cultural da Ação da Cidadania - Teatro Oficina Rio Uzyna Uzona.