segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

TROVOADA E DESENCANTO


"É cheiro de mato, é terra molhada, é Clara guerreira, lá vem trovoada", assim alardeava o samba da Portela em 1984, ao lembrar que neste ano seria o primeiro carnaval da escola após a morte de Clara Francisca Nunes Gonçalves Pinheiro, a eterna e insubstituível Clara Nunes. Infelizmente não foi apenas mais uma sábado de aleluia aquele dia 2 de abril de 1983, quando Clara morreu com 40 anos. Aluísio Machado também fez das suas e escreveu logo depois do triste ocorrido "(Clara) vai fazer falta na avenida/ quem viveu cantando a vida/ não morreu, desencantou"; tais versos juntaram-se a outras belas palavras e deram origem a uma excepcional canção posteriormente imortalizada por outro grande, Martinho da Vila.
Agora foi a vez do jornalista Vagner Fernandes homenagear a "mineira faceira". Ele aproveitou a data de 25 anos da morte de Clara e tornou-se o primeiro biógrafo da cantora ao lançar "Guerreira da Utopia". Durante quatro anos, ele bancou com recursos próprios a pesquisa sobre a vida de Clara Nunes. "Guerreira da Utopia" traz cerca de 300 depoimentos em 400 horas de gravação e muitas histórias inéditas.

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