domingo, 16 de março de 2008

UMA DÉCADA SEM O SÍNDICO DA MPB

Há exatos dez anos, mais precisamente no dia 15 de março de 1998, saía de cena um dos mais marcantes nomes da música popular brasileira. Um dos pais da soul music brasileira, Tim Maia fundou, em 1957, o grupo de rock "Os Sputniks", do qual participaram Roberto e Erasmo Carlos. Treze anos depois lançaria seu primeiro álbum. Em 1975, convertido à seita "Universo em Desencanto", gravou os dois volumes de “Tim Maia Racional” por sua própria gravadora.


Depois de 29 álbuns e centenas (quiçá milhares) de apresentações, o último show de Tim seria no Teatro Municipal de Niterói, no dia 8 de março de 98. Famoso pelas ausências e atrasos em boa parte dos compromissos musicais que teve, Tim Maia demorou a aparecer também no último compromisso. Mais de uma hora depois do início programado, a banda Vitória Régia, que acompanhava o músico havia 20 anos, deu início ao show apenas com os backing vocals. Cadê o Síndico? Nada. Eis que Tim aparece na segunda música, "Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar)". Sob aplausos, ele reclamou do tom da música e começou a soltar o vozeirão, interrompida alguns minutos depois.
"Tim Maia não está passando bem. Tem algum médico na platéia?", foi o que saiu do sistema de som do teatro. Minutos depois chegaria a ambulância do Corpo de Bombeiros. Amparado dos dois lados e com máscara de oxigênio, o hipertenso Tim Maia subiu na ambulância para, por conta de uma parada respiratória, não mais voltar aos palcos.

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