"Sagrada família, teto de bons cidadãos. As crianças são torturadas até mentirem. A vontade é esmagada pela repressão. A liberdade é assassinada pelo egoísmo"
Pouco falaremos sobre a cidade em questão, e sim sobre o sexo, sim, sexo, da maneira mais sutil já apresentada nas telas mundo afora. Paris serve apenas como pano de fundo para um fluxo total de angústias, sonhos, atitudes e muita sensualidade. O erotismo sempre deixou suas marcas no cinema, mesmo antes dos anos 60, mas nunca de forma tão emblemática como em o "Último Tango em Paris", e por vários motivos: a obra foi banida da Itália, censurada e cortada após ir às telas nos Steites, causou furor entre toda a imprensa mundial da época e melhor: conseguiu tudo isso com cenas nada explícitas!
O motivo do alarde? vários! com Brando(protagonista) e Bertolucci (diretor) juntos no mesmo filme não seria diferente; a fotografia magistral de Vittorio Storaro- segundo o próprio a inspiração viria de quadros de Francis Bacon- e o primordial: o filme tratou o sexo anônimo como uma catarse, a rotina carnal de dois seres que buscam a relação sexual e seus limites a fim de fugirem do vazio existencial, dentro de um sistema que obriga os indivíduos a deixarem expostas suas feridas e porque não, seus instintos mais sacanas.
3 comentários:
Minha mãe me levou para ver esse filme quando eu tinha uns 12 anos, acredita? Eu não entendi bem a história, mas sabia o que ele estava fazendo com a manteiga.
Assisti novamente mais tarde e, apesar de ser um pouco triste, pela desesperança, é um filme muuuiiitttooo sensual. Adoro...
hahaha, a cena da manteiga é tão marcante que preferi nem citar a maria schneider neste post!
mas é tudo muito sutil, e sensual também neste filme! tudo funciona com muita leveza, inclusive a desesperança...
bjocas!
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