Um concurso promovido por uma fundação suíça, quando cerca de 100 milhões de pessoas elegeram o Cristo Redentor como uma das sete maravilhas modernas do mundo, acabou cometendo uma injustiça das maiores. Na verdade, muitos se esqueceram - ou sequer ouviram dizer - que no ano de 1974, dois camponeses da província de Shaanxi, na China Central, escavavam um poço quando se depararam com simplesmente um exército de oito mil estátuas de soldados em terracota. São os guerreiros de Xi'an, que foram enterrados a 1,5 km do mausoléu do imperador Qin Shi Huang, o primeiro imperador da China, responsável por sua unificação e pela construção da Grande Muralha- esta, a Muralha, está, merecidamente, na lista.
Vale dizer que o Cristo Redentor vale muito mais por oferecer uma monumental vista da Cidade Maravilhosa do que propriamente pela estátua erguida.
O sítio arqueológico de Xi'an compõe-se de uma sucessão de tumbas que se estendem por cerca de 50 quilômetros de extensão. As estátuas foram fabricadas para servir como adorno da tumba de Qin Shi Huangdi, por volta do ano 220 a.C. Qin se valeu de 700.000 servos que levaram quase quarenta anos para concluir a construção de seu túmulo – ele acreditava que os "soldados" o protegeriam na eternidade.
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