sábado, 7 de julho de 2007

MEMÓRIAS DE SARRIÁ, COM ORGULHO...
















... começar com a palavra orgulho para falar desta partida, que ocorreu em 5 de julho de 1982, durante a Copa do Mundo da Espanha, se dá por dois motivos: primeiro que por ser amante de futebol, não poderia deixar de louvar esse monumental partida entre duas das melhores seleções que vi jogar e um dos melhores confrontos que presenciei nos últimos anos- tudo bem que ainda era muito criança e quase não percebi ao vivo, estou falando do videoteipe do jogo, já visto excessivamente; o segundo motivo se dá porque os deuses do futebol geralmente sabem o que fazem, e como de praxe, nem sempre dão a vitória aos favoritos, pra acabar de vez com o choro dos que vêem a derrota do escrete canarinho como um dramalhão mexicano, e tentam desmerecer a Azurra.














Na verdade, os brasileiros possuem o péssimo hábito de vincular o favoritismo em uma competição como sinônimo de obrigatoriedade da conquista da mesma. O futebol já provou que isso não dá muito certo, vide a derrota brazuca na Copa de 50 e as da Holanda em 74 e 78. Tentar achar motivos pra rotular como injusta a vitória de um escrete que tinha em ação gente como Zoff, Conti, Graziani, Schirea, Gentile, Causio, Cabrini e o matador Paolo Rossi, entre outros, é no mínimo falta de sensatez. Muitos observam que a Itália havia ido muito mal na primeira fase, e que por isso não seria páreo para o futebol apresentado pelo Brasil; mas quantas vezes já não aconteceu de uma equipe começar mal uma competição e depois crescer nas fase eliminatória? Foi o que a Itália fez, detonando, além do Brasil, a Argentina, a Polônia e a Alemanha na final.



Sinceramente, muitos sabem que estou usando a data pra evitar falar do que a seleção canarinho apresenta hoje, e tentei nos parágrafos anteriores não ser parcial e cair no senso comum de achar que essa Copa DEVERIA ser do Brasil. Mas no fundo seria muito interessante ver o Brasil ir à frente com Falcão, Zico, Sócrates, Cerezzo, Júnior, Leandro, Éder, e esta constelação de craques subir no lugar mais alto do pódio. Infelizmente, vimos o Parreira e seus asseclas no topo, mas aquela final de 94 eu só assiti mesmo no dia, ao vivo, enquanto que a batalha de Sarriá o video-cassete vive a me aprazer.

5 de julho de 1982

Brasil 2 x 3 Itália

Local: Estádio Sarriá (Barcelona)

Árbitro: Abraham Klein (Israel)

Gols: Rossi 5, Sócrates 12, Rossi 25 do 1º tempo; Falcão 23, Rossi 32 do 2º.

BRASIL: Valdir Peres; Leandro, Oscar, Luisinho, Júnior; Toninho Cerezo, Falcão, Sócrates, Zico; Serginho (Paulo Isidoro), Éder.
ITÁLIA: Zoff; Gentile, Scirea, Colovatti (Bergomi), Cabrini; Tardelli (Marini), Oriali, Antognoni, Graziani; Conti, Rossi.

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