terça-feira, 2 de dezembro de 2008

músculos e ASAS tesos


"E eu pensei como ela encarava a vida com realismo, não diminuindo a importância do dinheiro e não procurando fazer declarações de amor eterno. Se ao menos fosse possível amar sem causar dano! A fidelidade não basta: eu fora fiel a Anne e, não obstante, ferira-a. O sofrimento está no ato da posse: somos muito pequenos de espírito e de corpo para possuir outra pessoa sem orgulho, ou para sermos possuídos sem humilhação.
(...) perguntei a mim mesmo como Pyle, com o passar dos anos, suportaria uma situação daquelas, pois Pyle era um romântico; mas, no seu caso, haveria, sem dúvida, um bom acordo, e a dureza da situação poderia ser extenuada, como um músculo que não é usado quando já não existe necessidade de usá-lo. "
O Americano Tranqüilo, Graham Greene.

2 comentários:

Valéria Martins disse...

Vc viu o filme? Eu assisti em DVD, muito bom.

Pablo Lima disse...

ainda não, cara val!' estou no livro, apenas!