DORIVAL CAYMMI (1914-2008)
"Tempo magnífico. Uma jornalista encantadora e míope. Correspondência. Refeição. Meditações sombrias. Entrevista com professores e alunos. Jantar com o poeta nacional Manuel Bandera", pequeno homem extremamente fino.
Depois do jantar, "Kaïmi", um negro que compõe e escreve todos os sambas que o país canta, vem cantar com o seu violão; são as canções mais tristes e mais comoventes. O mar e o amor, a saudade da Bahia. Pouco a pouco, todos cantam, e vêem-se um negro, um deputado, um professor de faculdade e um tabelião cantarem esses sambas em coro, com uma graça muito natural. Totalmente seduzidos."
Diário de viagem, Albert Camus, 1948.
5 comentários:
Hum... Curtindo o diário de viagem, né? Me impressionaram muito as passagens no mar, quando ele olha a espuma lá embaixo e tem idéias suicidas (mas não é baixo astral, pelo contrário, eu li e senti uma ternura por ele). E também as descrições do céu e do silêncio no mar. Bjs
PS - Adorei o trecho do Coetzee, ainda vou ler este livro (que, dizem, apesar de ser bastante baixo astral, é lindo. Vou pagar pra ver, ou melhor, para ler. Bjs)
bom perceber que vc entendeu o espírito camusiano, tão denso qto a espuma por ti citada;
coetzee é tão bom quanto camus, mas não pague p ler apenas, compartilhe (:
Ué, reeditando os melhores posts? A festa ontem foi ótima, bombou até as 5h. Tô exausta mas feliz. Bjs
na verdade,estou adaptando e não reeditando este post; da outra vez que publiquei este trecho do diário do camus, KAÏMI ainda estava vivo. agora o fiz em homenagem ao mais ilustre (extrapolações são bem-vindas nesta época do ano)finado de 2008.
não pude ir à festa, depois te explico.bj.
pleonasmos à parte, os exaustos estão sempre felizes (:
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