"Considero-me um estranho porque, como judeu, não pertenço totalmente ao mundo cristão. Por falar alemão, não me integro aos tchecos completamente. Como judeu de língua alemã, não me incorporo aos alemães da Boêmia. Como boêmio, não pertenço integralmente à Áustria. Como funcionário de uma companhia de seguros de trabalhadores, não me enquadro por completo na burguesia. Como filho de burguês, não me adapto de vez ao operariado. Também não pertenço ao escritório, pois sinto-me escritor. Não me identifico também como escritor, pois sacrifico minhas forças pela família e pouco publico meus escritos. Mas vivo em minha família mais deslocado do que um estranho"
(Carta de Franz Kafka ao sogro, sem data definida).
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