sexta-feira, 31 de outubro de 2008
frase (ou melhor, botinada) da semana
aGNeS´dAY
AUDREY", composta por Dave BRUBECK e interpretada por PAUL DESMOND (sax alto)
E quem um dia irá dizer que existe razão quando o momento pede uma singela homenagem à nossa correspondente internacional e ultramarina, Agnes HEPBURN Rissardo, a bonequinha de luxo deste ilustre espaço??
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
janelas impunes
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Garbo ri!


segunda-feira, 27 de outubro de 2008
MARXISMO ÀS CLARAS
ELE DIZ:"(…) eu sou ladrão rapaz, eu não gosto de trabalhar, não (…) é a minha profissão (…) se eu não roubar ninguém tem trabalho (…) o repórter, o escrivão, o delegado, o juiz, o promotor, tudo através de mim que sou ladrão (…) estou contribuindo para o bem de todos (…) "
JÁ O VELHO KARL TEORIZA:
"O criminoso produz crimes. Se olharmos mais de perto as relações que existem entre este ramo de produção e a sociedade no seu conjunto, ultrapassaremos muitos preconceitos. O criminoso não cria apenas crimes: é ele que cria o direito penal. (…) Mais: o criminoso cria todo o aparelho policial e judiciário – polícias, juízes, carrascos, jurados, etc. – e estas diferentes profissões, que constituem igual número de categorias da divisão social do trabalho, desenvolvem diferentes faculdades do espírito humano e criam ao mesmo tempo novas necessidades e novos meios de as satisfazer.
O criminoso cria uma sensação que participa da moral e do trágico e ao fazê-lo oferece um «serviço», mobilizando os sentimentos morais e estéticos do público. Não cria apenas tratados de direito penal: cria igualmente arte, literatura, ou seja, tragédias, sendo disto testemunhas Édipo e Ricardo II. O criminoso quebra a monotonia e a segurança quotidiana da vida burguesa, pondo-a assim ao abrigo da estagnação e suscitando a interminável tensão e agitação sem a qual o estímulo da própria concorrência enfraqueceria. Estimula assim as forças produtivas (…).
Descobrindo incessantemente novos meios de se dirigir contra a propriedade, o crime faz nascer incessantemente novos meios para a defender, de modo que o criminoso dá à mecanização um impulso tão produtivo como aquele que resulta das greves. Para lá do domínio do crime privado, teria o mercado mundial nascido se não houvesse crimes nacionais? E as próprias nações? (…).
Teoria da Mais-Valia, O Capital, Karl Marx.
ANTES DA SINTAXE

Não me importa a palavra, esta corriqueira. Quero é o esplêndido caos de onde emerge a sintaxe, os sítios escuros onde nasce o "de", o "aliás", o "o", o "porém" e o "que", esta incompreensível muleta que me apoia.Quem entender a linguagem entende Deus, cujo Filho é Verbo. Morre quem entender. A palavra é disfarce de uma coisa mais grave, surda-muda,foi inventada para ser calada. Em momentos de graça, infreqüentíssimos, se poderá apanhá-la: um peixe vivo com a mão. Puro susto e terror.
domingo, 26 de outubro de 2008
sábado, 25 de outubro de 2008
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
para valéria MARTINS e ADRIANA calábria
véspera boa e benigna

quinta-feira, 23 de outubro de 2008
22. MADNESS in Rio

quarta-feira, 22 de outubro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
a chama apagou


Chopin E Belo
Frederic Chopin, ballade no.1 in G minor, op.2; interpetado por Władysław Szpilman no filme "O Pianista", de Roman Polanski.
Por Ruy de Moura Belo ( 27 de Fevereiro de 1933 - 8 de Agosto de 1978), poeta e ensaísta português.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
domingo, 19 de outubro de 2008
pretensão de aspereza

Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária:Laocoonte constrangido pelas serpentes,Ugolino e os filhos esfaimados.Evocava também o seco nordeste, carnaubais, caatingas...Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais.
Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz.O cacto tombou atravessado na rua,Quebrou os beirais do casario fronteiro,Impediu o trânsito de bonde, automóveis, carroças,Arrebentou os cabos elétricos e durante vinte e quatro horas [privou a cidade de iluminação e energia:
- Era belo, áspero, intratável.
sábado, 18 de outubro de 2008
NEÓFITOS EM SÉRIE




terça-feira, 14 de outubro de 2008
ERRATA EM MACONDO

segunda-feira, 13 de outubro de 2008
21. TABAJARA
Muitos são os temas musicais que me apetecem; logo, raros são os momentos em que posso considerar especiais quando o assunto é música. Mas neste caso o lado emocional chega forte simplesmente pelo motivo de ter contato com a vida dos músicos desde os dias de infância.
Nascidos na serra do Ibiapaba, localizada no sertão do Ceará, Nato e Tenor Lima são descendentes de uma tribo de índios do local. No início da década de 30, Nato, Tenor e outros quatro irmãos - entre eles Assis Lima, meu avô e o primogênito entre os seis - resolveram deixar a cidade natal e formaram um grupo musical. Depois de algumas formações, a dupla resolveu alçar vôos mais longos e formou o duo "Los Indios Tabajaras", que se notabilizou pelo virtuosismo ao violão ao mesclar temas eruditos, como novos arranjos e inéditas versões com musicalizações indígenas. Neste vídeo vemos uma apresentação da estonteante "Valsa", de Chopin.
Como curiosidade, esta peça de Chopin havia sido criada para execução ao piano, e Nato aqui criou um violão adaptado, com mais trastes, para poder atingir as notas mais agudas. Não cabem mais palavras senão deliciar-mo-nos com o resultado.
Nato e Tenor atingiram o ápice da carreira nas décadas de 50 e 60, com apresentações pela Europa e Américas. Tenor faleceu na década de 90 e Nato atualmente reside em Nova York e continua sua carreira profissional acompanhado da esposa, a violonista Michiko Mikami.

domingo, 12 de outubro de 2008
quijote i su cuestión
“(...)Esto es una miseria, una completa miseria. A nadíe le importa nada de nada. Y cuando uno trata de agitar aisladamente este o aquel problema, una u outra cuestión, se lo atribuyen o a negocio o a afán de notoriedad y ânsia de singularizarse. No se compre aqui ya ni la locura. Hasta el loco créen y dícen que lo será por tenerle su cuenta y razón. Lo de la razón de la sinrazón es ya hecho para todos estos miserables. Si nuestro señor Don Quijote resuscitara y volviese a su España andarán buscándole una segunda intención a sus nobles desvaríos.(…)”
Vida de Don Quijote y Sancho, de Miguel Unamuno