Ao assistir aos preparativos para um jogo de futebol da seleção brasileira de futebol, sinto-me como se estivesse à porta do Rio Fashion Week. Os motivos? No decorrer do texto explico.
A verdade é que são tantos os alardes em torno de uma "simples" partida de futebol, que fica fácil prever que quero falar de tudo que envolve o evento e não faz parte do mesmo, se é que me entendem. E os espectadores se misturam entre fantasiados multicoloridos, crianças eufóricas, fãs histéricas dos atletas mais belos e aposentados ausentes de boas opções de diversão são os grupos mais freqüentes. E a pergunta mais comum não cala: o que estas pessoas têm a ver com o futebol propriamente dito?
Ou seja: o público que consome futebol nao é especificamente fã do gênero. E OS MOTIVOS SÃO MUITOS OUTROS PARA se estar ali, seja pela beleza de algum atleta, ou a luta por um espaço na tela- aqueles a quem denomino de tele-torcedor- ou até por pura diversão, ligada a falta de outras opções; há poucos meses o néscio do Galvão Bueno "venderia" uma partida do selecionado brazuca como o "Jogo das Famílias", numa clara alusão à promessa feita por parte do chefe do policiamento local garantindo a segurança total tanto dentro do estádio quanto nos arredores do evento. Que fique clara a parcialidade: SEGUNDO O GALVÃO, outros eventos na Cidade Maravilhosa estão à ordem da sorte, mas este da seleção, e capitaneado pela Rede Globo, não! Este será de extrema segurança aos espectadores! E pra lá ruma a horda de neófitos!
E já que o velho Aurélio define os neófitos" como "indivíduos principiantes, recém-convertidos a uma seita ou religião, ou recentemente admitidos numa corporação", como rotularmos os novos adeptos? Seriam estes dotados de razão e o que ocorre dentro das quatro linhas é mero cumprimento de agenda?
Soa como deselegante recorrer ao batido "pão e circo", então prefiro citar um especialista. "A IMPRENSA precisa definir se investe no futebol ou se o vende. Não dá para fazer os dois ao mesmo tempo, são incompatíveis as duas propostas." Ele se referia, claro, à proposta inversamente proporcional de se vender um espetáculo ao público mais amplo, consequentemente mais leigo, e a isso atrelar qualidade e alto nível quando o assunto é termos craques e bons jogos dentro dos gramados. Se os "desentendidos" do assunto participam, não se faz primordial existirem grandes craques no campo, pois o público é pouco exigente. E como consequência disso temos presenciado a péssima qualidade exibida pelos jogadores; mas se o público for apenas de especialistas haverá menos anunciantes, e assim como cobrir a proposta da Rede Record ao Kléber Machado, outro leigo em questão!!??
Complicado, não?? SIMPLES!!! Já que me reservo o direito de não ter direito de assistir a um evento de moda qualquer, elogiando esta ou aquela modelo, já que me considero um leigo completo no assunto, sejam em Fashion Weeks ou Fashion Years, será que seria pedir muito relacionar ao futebol apenas aqueles que do gênero entendem?
Basta de Luanas Piovanis em camarotes no Mário Filho!
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