terça-feira, 21 de outubro de 2008

a chama apagou





Luís Carlos da Vila (21 de julho de1949 - 20 de outubro de 2008).
Me lembro com muito gosto da temporada que fiz com o "Santo Forte" no primeiro semestre do ano de 2005. Nesta turnê o grupo acompanhava o intérprete Leandro Fregonesi e eu então era um dos três percussionistas que integravam a trupe (pra quem se interessar, o grupo ainda existe, é so ir ao link: http://circuitoculturalrio.multiply.com/market/item/14/14).

O evento prometia, pois além de ser localizado em uma das principais casas especializadas em samba no Rio, o grupo era formado por músicos promissores e uma particularidade em especial interessava ao público: a presença de grandes nomes da música brasileira na parte final da apresentação, as ditas canjas.

Com ninguém menos que Aldir Blanc no show de abertura, a estréia foi um sucesso total, com lotação esgotada em uma quarta-feira com gotas de chuva. Seguiram outros nomes,entre eles o de Nélson Sargento, mas um especial veio a me fazer escrever este;



Luís Carlos da Vila participou de um dos últimos shows, e a minha surpresa se deu, logo de cara, com a potente voz e a perfeita divisão rítmica que apresentou; como não houve ensaio antes da apresentação, pouco conhecia da voz dele, já que o dito sempre fora rotulado como um grande compositor, e que a ordem ali era atentar às obras que por ele seriam apresentadas.

Os inesquecíveis sucessos ali apresentados eram por mim mais admirados do que tocados, como se eu estivesse na platéia, olhando para aquela sumidade do mundo do samba como se eu não estivesse em serviço.

Serviço este que me faz um ser cada vez mais de bem com a vida, e que me obriga a estar cada vez masi atento a momentos especiais como estes, que devem ser cultivados e celebrados sempre que possível.



Obrigado, Luis Carlos, por mais um momento de luz em minha caminhada musical, o que me faz enriquecer a alma tanto na arte quanto na vida.

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