"Garbo ri" Assim fora anunciado o filme "Ninotchka (1939)", dirigido pelo competente cineasta alemão Ernst Lubitsch.
O filme marca a estréia de Garbo nas comédias, já que costumeiramente a fria atriz sueca interpretava papéis trágicos, vide suas personagens mais marcantes, como a prostituta Anna Christie, a espiã Mata-Hari, a bailarina Grusinskaya do premiado "Grande Hotel (1932)", a adúltera Anna Karenina e a cortesã Marguerite Gautier em "A dama das Camélias (1936)".
No filme em questão, Garbo é Nina Yakushova Ivanoff, ou simplesmente Ninotchka, uma emissária soviética que vai a Paris, com o objetivo de cumprir uma importante missão para seu país. Na capital francesa, Ninotchka conhece o rico Conde Leon d'Agoult (Melvyn Douglas), um típico representante da sociedade capitalista que Ninotchka repudia.
Garbo passa boa parte da película sem esboçar um sorriso sequer. Somos nós, espectadores, que rimos do jeito mal-humorado de Ninotchka.
Garbo esbanja talento nesta comédia, que lhe valeu sua quarta e última indicação ao Oscar de melhor atriz. Este foi também seu penúltimo filme, já que em 1941 abandonou precocemente sua carreira ao realizar mais uma comédia, desta vez não tão bem-sucedida quanto Ninotchka.
Vale frisar também que o excelente roteiro do filme teve a participação do talentosíssimo Billy Wilder, que já demonstrava sua habilidade nas telonas.
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