Denys Arcand, Canadá, 2003
O termo "indefinível" pode muito bem definir a obra-prima de Denys Arcand, que já brilhara com "O Declínio do Império Americano"(1986) e foi ainda mais longe ao aproveitar o conturbado momento histórico pelo qual passa(va)mos - o título do filme, a meu ver, remete diretamente aos ataques de 11 de Setembro, mesmo sem definir quem é o real "bárbaro" da história"- para homenagear as relações entre os homens e suas escolhas.
Perfeito no roteiro e preso uma forma simples, Arcand é sutil ao fazer da obra um marco para a geracão (a dos jovens de hoje) que não consegue lidar muito bem com o fim das ideologias que marcaram o século passado, mostrando o quanto um grupo de historiadores se diverte ao analisar o fim de suas ilusões de esquerda. E no longa isto se evidencia quando Remy, um erudito professor de história à beira da morte reencontra o filho, este operador no mercado financeiro e despolitizado. Ou seja, Remy vê no filho tudo aquilo que ele não foi e que sempre abominou. E o interessante é que tais diferenças não serve para desunir os dois, e o diretor deixa claro que uma das causas das união entre pai e filho se dá porque os "velhos companheiros" já não sofrem mais com o capitalismo selvagem que dominou o globo. Para eles, é hora de se divertir rindo disso, e lembrar que a aniquilação dos índios da América, o extermínio ordenado por Stálin e Tsé Tung e o holocausto da segunda guerra mundial foram bem mais complexos para as transformações do mundo do que a queda das Torres Gêmeas. E lembrar também que a história teima em seguir seu rumo.
O termo "indefinível" pode muito bem definir a obra-prima de Denys Arcand, que já brilhara com "O Declínio do Império Americano"(1986) e foi ainda mais longe ao aproveitar o conturbado momento histórico pelo qual passa(va)mos - o título do filme, a meu ver, remete diretamente aos ataques de 11 de Setembro, mesmo sem definir quem é o real "bárbaro" da história"- para homenagear as relações entre os homens e suas escolhas.
Perfeito no roteiro e preso uma forma simples, Arcand é sutil ao fazer da obra um marco para a geracão (a dos jovens de hoje) que não consegue lidar muito bem com o fim das ideologias que marcaram o século passado, mostrando o quanto um grupo de historiadores se diverte ao analisar o fim de suas ilusões de esquerda. E no longa isto se evidencia quando Remy, um erudito professor de história à beira da morte reencontra o filho, este operador no mercado financeiro e despolitizado. Ou seja, Remy vê no filho tudo aquilo que ele não foi e que sempre abominou. E o interessante é que tais diferenças não serve para desunir os dois, e o diretor deixa claro que uma das causas das união entre pai e filho se dá porque os "velhos companheiros" já não sofrem mais com o capitalismo selvagem que dominou o globo. Para eles, é hora de se divertir rindo disso, e lembrar que a aniquilação dos índios da América, o extermínio ordenado por Stálin e Tsé Tung e o holocausto da segunda guerra mundial foram bem mais complexos para as transformações do mundo do que a queda das Torres Gêmeas. E lembrar também que a história teima em seguir seu rumo.
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