sexta-feira, 18 de abril de 2008

VAGÕES NOS TRILHOS

A ROTA DO INDIVÍDUO

Mera luz que invade a tarde cinzenta

E algumas folhas deitam sobre a estrada

O frio é o agasalho que esquenta

O coração gelado quando venta

Movendo a água abandonada

Restos de sonhos sobre um novo dia

Amores nos vagões, vagões nos trilhos

Parece que quem parte é a ferrovia

Que mesmo não te vendo te vigia

Como mãe, como mãe

que dorme olhando os filhos

Com os olhos na estrada

E no mistério solitário da penugem

Vê-se a vida correndo, parada

Como se não existisse chegada

Na tarde distante, ferrugem ou nada.

Um comentário:

Valéria Martins disse...

Querido Pablo, vc devia postar mais poemas seus, exercitar esse talento. Muito bonito...
Bjs