sexta-feira, 18 de maio de 2007

ANNIE E ALVY EM NOVA YORK HÁ 30 ANOS (PARA BRUNA & AGNES)








"Você não percebe que o resto do país acha que em Nova York nós somos comunistas, judeus, hommossexuais e pornógrafos? Eu mesmo moro aqui e às vezes acho isso!"


Ao remeter ao trecho acima, lembro-me das srtas. Rissardo e Gala - e agradeço-as pelos oportunos papos que levamos acerca de obras cinematográficas desta envergadura.

Criticado por muitos devido a um inexato título em português, "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", de 1977, conta a estória de Alvy Singer, um escritor divorciado e inseguro que acaba se apaixonando por Annie Hall, uma cantora pra lá de problemática. Ambos passam a morar juntos, dando início a um período de crises conjugais, cardápio apropriadíssimo para o passeio de Allen entre os temas de sua preferência, tais como conflitos de relacionamento, pessimismo excessivo e críticas à sociedade urbana.
Possivelmente a comédia romântica- termo que abomino porque acabo me lembrando da detestável Meg Ryan- mais profunda e estudiosa da mente humana no cinema.
Allen ganhou o Oscar de melhor diretor com a obra, mas fez o que se esperava dele: não foi receber o prêmio, justificando a ausência na festa por causa de um hábito saudável: seria mais uma noite de recitais de clarinete em algum bar novaiorquino.
Apesar de o filme ter sido feito para a bela Diane Keaton, confesso que preferiria que o título da obra se chamasse Alvy Singer. Singer (ou Allen, tanto faz) e sua Nova York mais do que autobiográfica.

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigada, Pablito! Me sinto honrada com a homenagem, principalmente por se tratar de "Annie Hall". Você bem que podia criar uma "trilogia Woody Allen" de posts e fazer os próximos sobre "Zelig" e "Match Point", que tal?